FII do Santander fecha novo contrato e espera R$ 460 mil por mês após carência

A nova locação é de uma empresa do setor atacadista e foi firmada no modelo atípico de 20 anos.

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Publicado em 06/05/2025 às 18:07h - Atualizado 4 horas atrás Publicado em 06/05/2025 às 18:07h Atualizado 4 horas atrás por Matheus Silva
A locação deve gerar um impacto financeiro positivo estimado em R$ 460 mil mensais (Imagem: Shutterstock)

🚨 O fundo imobiliário Santander Renda de Aluguéis (SARE11) deu mais um passo importante na tentativa de recuperação da performance dos seus ativos.

Em meio a um cenário desafiador e especulações sobre a venda de imóveis do portfólio, o FII assinou contrato com um novo inquilino para o galpão logístico localizado em Santo André (SP), zerando a vacância do ativo e melhorando seus indicadores operacionais.

A nova locação é de uma empresa do setor atacadista e foi firmada no modelo atípico de 20 anos, com possibilidade de renovação por mais 20 anos.

O contrato prevê ainda um período de carência de seis meses, comum em operações logísticas de grande porte.

A assinatura reduz a vacância física do galpão de 100% para zero, e a vacância total do portfólio do fundo cai para 18%, conforme dados do relatório gerencial mais recente, referente a março de 2025.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a locação deve gerar um impacto financeiro positivo estimado em R$ 460 mil mensais para o fundo, já considerando o início da cobrança após a carência.

Nova estratégia após crise com WeWork

O anúncio marca uma reviravolta para o SARE11, que enfrentou problemas de vacância e inadimplência em 2024, especialmente após o calote da WeWork, que ocupava quatro andares do prédio WT Morumbi e era uma das principais fontes de receita do fundo.

A inadimplência impactou diretamente os dividendos distribuídos aos cotistas e acelerou o movimento de reciclagem de portfólio.

Em dezembro, o fundo vendeu um imóvel em Alphaville (SP) como parte de uma estratégia de reorganização.

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Atualmente, o SARE11 conta com três ativos principais:

  • Galpão logístico em Santo André (SP): agora 100% locado
  • Work Bela Cintra (SP): edifício comercial com ocupação total
  • WT Morumbi (SP): fundo possui 75% de participação; segue com espaços vagos após saída da WeWork

Projeções para o SARE11

O movimento é positivo para a imagem do fundo, pois reduz o índice de vacância e tende a melhorar o fluxo de caixa ao longo do tempo.

Ainda que o impacto financeiro só comece após o fim da carência, o novo contrato sinaliza confiança do mercado no portfólio e fortalece a tese de valorização dos ativos em áreas logísticas estratégicas.

Para os cotistas, o foco agora recai sobre dois pontos:

  • Evolução dos dividendos nos próximos meses, especialmente após o fim do período de carência
  • Andamento da estratégia de reorganização e venda de ativos, conforme prometido pela gestão