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O Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, manteve a sua taxa de juros no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano nesta quarta-feira (31). Além disso, condicionou o corte dos juros a uma melhora da inflação.
🏦 Ao comunicar a manutenção dos juros, o Fed disse que "não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%".
A inflação dos Estados Unidos foi de 3,4% em 2023. O resultado foi menor que o de 2022, quando atingiu 6,5%. O Fed, no entanto, tem uma meta anual de inflação de 2%. Por isso, considera que "a inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada".
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Além disso, a economia americana tem mostra resiliência, o que pode pressionar a inflação. Na avaliação do Fed, "indicadores recentes sugerem que a atividade econômica vem expandindo a um ritmo sólido. Os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano passado, mas permanecem fortes, e a taxa de desemprego permaneceu baixa".
O Fed ressaltou, por sua vez, que "as perspectivas econômicas são incertas" e disse que "permanece muito atento aos riscos de inflação". Ainda assim, avaliou que "os riscos para a consecução dos seus objetivos de emprego e de inflação estão evoluindo para um equilíbrio melhor".
💲 A manutenção dos juros no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano era esperada pelo mercado. Os juros americanos já haviam sido mantidos inalterados nas últimas três reuniões do FOMC, o Comitê de Mercado Aberto dos Estados Unidos, em setembro, novembro e dezembro de 2023.
Na última reunião de 2023, no entanto, o Fed começou a discutir quando seria possível cortar os juros. Este é o maior patamar dos juros americanos desde 2001.
Por isso, o mercado especula quando os juros devem começar a cair nos Estados Unidos. Parte dos analistas previa cortes a partir de março; outra vê condições para cortes só a partir de maio ou junho. A expectativa era de que sinais mais claros sobre os próximos passos do Fed fossem liberados nesta quarta-feira (31).
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse, por sua vez, que o Fed precisa de mais dados positivos para ter confiança de que a inflação está caindo de forma sustentável. Além disso, afirmou ser pouco provável que esta confiança seja construída até a próxima reunião do Fed, em março. Por isso, preferiu falar em cortes "em algum momento" de 2024.
"Acreditamos que a nossa taxa de referência está provavelmente no seu pico para este ciclo de aperto monetário e que, se a economia evoluir amplamente como esperado, provavelmente será apropriado começar a reduzir o aperto da política monetária em algum momento deste ano", afirmou Jerome Powell, depois de o Fed manter os juros no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano.
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