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O núcleo da inflação de consumo dos Estados Unidos variou 0,1% em agosto, na comparação com julho. O dado desacelerou na comparação com os meses anteriores e também ficou abaixo da expectativa do mercado, que apontava para uma alta de 0,2%.
Divulgado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo da inflação de consumo é um dado crítico para as decisões de política monetária do Fed (Federal Reserve). Por isso, depois de uma semana de estresse por causa da previsão de juros altos por mais tempo, o mercado abriu em alta nesta sexta-feira (29/09) nos Estados Unidos e também no Brasil.
De acordo com o governo americano, o aumento de 0,1% do núcleo da inflação reflete um aumento de 0,2% nos gastos com serviços e uma redução de 0,2% nos gastos com bens. A inflação dos serviços avançou puxada por preços de transporte e serviços de saúde, especialmente transporte aéreo e hospitais, respectivamente. Já os preços dos bens foram influenciados pela queda dos preços de motores veiculares.
O núcleo da inflação de consumo exclui os preços de alimentos e energia e avançou 3,9% na comparação com o mesmo mês de 2022.
O índice cheio, que considera a variação de itens voláteis como inflação e energia, avançou ainda mais em agosto. A alta foi de 0,4% na comparação com julho e de 4,5% em relação a agosto de 2022.
Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, os preços da energia subiram 6,1% no mês e os de alimentos variaram 0,2%. Nesta ótica, os preços de bens subiram 0,8% e os de serviços, 0,2%.
Para tentar conter a inflação, o Federal Reserve levou a taxa de juros norte-americana ao intervalo entre 5,25% e 5,5%. O Fed ainda prevê um novo aumento em 2023 e diz que manterá os juros altos pelo tempo que for necessário para colocar a inflação de volta à meta anual de 2%. A perspectiva é ruim para as negociações em Bolsa, já que os juros altos elevam a atratividade dos títulos americanos. Por isso, os mercados têm tido dias de volatilidade e desvalorização em setembro.
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