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A Enel está sob intensa pressão política e regulatória, após o novo apagão registrado na Região Metropolitana de São Paulo. Por isso, o futuro da empresa na região parece cada vez mais incerto.
⚠️ O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta quinta-feira (11) a intervenção do governo federal na Enel, o que levaria a União a assumir a operação do serviço que hoje é de responsabilidade da empresa por meio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Tarcísio ainda defendeu o fim do contrato de concessão da Enel em São Paulo, uma possibilidade que também já havia sido levantada pela Aneel e faria com que a empresa perdesse o direito de operar na região, o seu maior mercado consumidor no Brasil, com cerca de 7,5 milhões de unidades e 20 milhões de pessoas atendidas.
💨 A pressão voltou à tona depois de a Enel demorar horas para restabelecer a energia de milhares de consumidores após o ciclone que atingiu São Paulo na quarta-feira (10). Rajadas de vento de até 98 quilômetros por hora derrubaram árvores e afetaram a rede elétrica da região. Com isso, mais de 2 milhões de casas ficaram sem luz.
A Enel diz que já restabeleceu o fornecimento de energia elétrica para 1,8 milhão dos 2,2 milhões de clientes afetados. Contudo, não deu uma previsão para a normalização do serviço nas milhares de residências que seguiam no escuro na manhã desta sexta-feira (12).
A empresa alega que será preciso reconstruir completamente a rede de energia em algumas regiões, por meio da substituição de postes, transformadores e, por vezes, recondução de quilômetros de cabos. Ainda assim, disse que segue trabalhando nesse sentido e garante estar cumprindo suas obrigações regulatórias e contratuais.
🕯️ Esta não é a primeira vez que clientes da Enel ficam horas sem luz depois de eventos climáticos extremos. O mesmo aconteceu em novembro de 2023 e outubro de 2024. Tanto que a área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) já havia recomendado a União a avaliar a possibilidade de intervenção na empresa. O novo apagão, portanto, só elevou a pressão sob a empresa.
Em ofício enviado à empresa na quarta-feira (10), a Aneel avisa que a reincidência de falhas graves na prestação do serviço desrespeita cláusulas contratuais e, por isso, pode levar ao cancelamento do contrato da empresa. A agência ainda deu um prazo de cinco dias para a distribuidora explicar as falhas no restabelecimento de energia. E decidiu fiscalizar o cumprimento do plano de contingência apresentado pela empresa.
📅 O contrato da Enel em São Paulo vence em junho de 2028, mas a distribuidora tenta a renovação por mais 30 anos. O processo de renovação antecipado foi suspenso pela justiça por causa das falhas no fornecimento de energia e também pode ser afetado pela fiscalização da Aneel.
Na quinta-feira (11), o governador Tarcísio de Freitas mostrou-se contrário à renovação e sugeriu que a área de cobertura da Enel fosse dividida entre duas empresas. Segundo ele, São Paulo não pode ficar "refém" da Enel e ter mais de uma empresa atuando na região poderia elevar os investimentos necessários para o fortalecimento da rede elétrica.
"Todo ano agora tem grande evento climático com ventos muito fortes. Precisamos modernizar a rede porque isso será cada vez mais comum", afirmou Tarcísio, dizendo que o plano de contingência da Enel foi "absolutamente insuficiente".
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