Acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitam nova avaliação de ações para OPA
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
💲 A Cielo (CIEL3), líder no mercado de pagamentos eletrônicos no Brasil, anunciou na última segunda-feira (26) que obteve aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para alterar seu registro de companhia aberta da categoria “A” para a categoria “B”.
Com essa mudança, as ações da Cielo deixarão de ser negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira.
Essa decisão marca o encerramento de uma fase importante na trajetória da empresa e levanta questões importantes para os investidores que ainda mantêm ações da companhia.
A partir da transição para a categoria “B”, os acionistas que ainda possuem papéis da Cielo terão a oportunidade de vendê-los diretamente ao escriturador da empresa.
Essa decisão segue a conclusão do leilão de oferta pública de aquisição de ações (OPA), no qual menos de 5% do capital social da Cielo permaneceu em circulação.
Com isso, a empresa pretende convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre o resgate compulsório das ações restantes.
Os maiores compradores das ações da Cielo durante a OPA foram grandes investidores institucionais, como Quixaba Empreendimentos e Participações, BB Elo Cartões Participações, Elo Participações, Alelo Instituição de Pagamento e Livelo.
Esses players adquiriram um total de 2.583.914.571 ações ordinárias, representando 95,10% do total da companhia.
A aquisição em massa visa garantir uma maior concentração acionária e facilitar o fechamento de capital da empresa.
📉 O leilão da OPA da Cielo, realizado em 14 de agosto, movimentou R$ 4,30 bilhões, um montante significativo que reforça o interesse dos investidores em consolidar o controle da companhia.
A holding EloPar, formada pelos bancos Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), foi responsável pela compra de 736.857.044 ações ao preço de R$ 5,82 por ação.
O objetivo da OPA era adquirir 902.247.285 ações ordinárias para efetivar o fechamento do capital da empresa de maquininhas de cartão.
Com a conclusão da OPA e o cumprimento das exigências da CVM, que incluíam a aceitação da oferta por acionistas detentores de pelo menos dois terços das ações, a Cielo encerra suas negociações na B3 e inicia uma nova fase sob a categoria “B”.
Esse movimento é visto como uma estratégia para reduzir custos operacionais e aumentar a flexibilidade para futuras movimentações corporativas.
Os investidores devem ficar atentos aos próximos comunicados da empresa, especialmente sobre o resgate compulsório das ações remanescentes e os desdobramentos estratégicos que a Cielo adotará a partir de agora.
📊 A mudança representa um marco na história da companhia e abre espaço para novas estratégias de mercado, ao mesmo tempo em que coloca à prova a confiança dos acionistas no futuro da empresa.
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
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