Embraer (EMBR3): Eve prevê produção do 1º ‘carro voador’ ainda este ano
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
📈 Com alta de 8,4% no dia, a Embraer (EMBR3) atingiu seu valor de mercado recorde de R$ 24,7 bilhões nesta sexta-feira (22).
O saldo histórico vem na sequência de diversas avaliações positivas para a fabricante de aeronaves, que fizeram os principais bancos e corretoras de investimentos indicarem compra para os papeis.
No fechamento do pregão, as ações da Embraer estavam cotadas a R$ 33,50, liderando os melhores desempenhos do dia. Cogna (3,3%) e Cemig (2,4%) aparecem na sequência.
⚖️Leia também: Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Rede Dia
O ticker EMBR3 registra fortes altas em todos os cenários analisados pela reportagem. Na última semana, foram 28% de avanço contra 46% dos últimos 30 dias e quase 100% dos últimos seis meses.
Esse é o melhor resultado recorrente da companhia desde que chegou à bolsa de valores, em 2006.
Com isso, ADR da Embraer, negociado nos Estados Unidos, também ostenta uma trajetória de alta na semana. No acumulado dos últimos cincos, o avanço foi superior a 15%, para US$ 26,70, segundo dados da bolsa de valores NYSE.
Na análise do banco Morgan Stanley, o ativo tem potencial para atingir US$ 40 ante US$ 19,50 previstos anteriormente. A mesma visao tem o concorrente JP Morgan, conforme relatório divulgado nesta semana.
Entre os fatos que justificam o desempenho da companhia, estão os dados do último balanço financeiro divulgado pela companhia, na segunda-feira (18). A fabrica reportou um lucro líquido de US$ 164 milhões, alcançando o maior resultado em cinco anos.
Soma-se a isso as projeções de vendas, que devem chegar a 80 aeronaves comerciais em 2024, além de outras 135 executivas. Já a expectativa de geração de receita ficou entre US$ 6,0 bilhões e US$ 6,4 bilhões.
A Embraer ainda tem como ponto positivo ser uma alternativa no atual duopólio deste mercado, disputado por Airbus e Boeing. A segunda concorrente se vê em meio a uma crise de reputação, motivada por acidentes que ocorreram com os aviões da linha 737.
O foco é produzir um veículo real, que será usado para futuros testes e certificação junto à ANAC.
A carteira de pedidos firmes atingiu o maior nível em sete anos, totalizando US$ 21,1 bilhões no final de março.