Em meio a potencial venda, dono do Onlyfans recebe quase R$ 4 bilhões em dividendos

Empresa britânica negocia venda para consórcio liderado por fundo de investimentos norte-americano.

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Publicado em 22/08/2025 às 12:04h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 22/08/2025 às 12:04h Atualizado 3 minutos atrás por Wesley Santana
Para usar o Onlyfans, usuários devem pagar uma assinatura mensal (Imagem: Shutterstock)

Nesta semana, o Onlyfans divulgou seu balanço do segundo trimestre deste ano. O fundador e atual CEO da plataforma de conteúdo embolsou US$ 701 milhões em dividendos, valor equivalente a mais de R$ 3,8 bilhões.

O provento volumoso mostra como o serviço de venda de conteúdo, hoje operado pelo ucraniano-americano Leonid Radvinsky, é bastante lucrativo. As receitas da plataforma vêm dos 20% arrecadados sobre todas as fotos e vídeos que circulam nos perfis cadastrados.

Só no ano passado, houve um incremento de 13% no número de criadores de conteúdo, que chegaram ao pico de 4,6 milhões. Eles foram responsáveis por movimentar US$ 7,2 bilhões em 2025, o que representa uma alta anual de 10%.

Mesmo com esses números, a plataforma pode ser vendida a qualquer momento para um consórcio liderado pelo fundo de investimentos The Forest Road Company. A empresa, sediada nos EUA, está disposta a pagar até US$ 7 bilhões pelo serviço, conforme fontes por dentro das negociações.

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O negócio ainda não foi para frente porque a empresa enfrenta diversos problemas, na visão dos investidores. Atualmente, a companhia mantém apenas 46 funcionários, que são responsáveis por tudo, inclusive por parte da moderação de conteúdo.

Para muitos analistas, falta segurança em, por exemplo, garantir que menores de 18 anos não usem o serviço. Além disso, a possibilidade de publicar conteúdo explícito também acende alerta entre os potenciais compradores da companhia.

Segundo um levantamento da Research and Markets, a economia de conteúdo adulto movimentou mais de US$ 76,1 bilhões no ano passado. Até 2030, essa cifra pode passar de US$ 118,1 bilhões.

“Esse mercado é caracterizado por rápidos avanços tecnológicos e evolução das preferências do consumidor, exigindo que as partes interessadas permaneçam ágeis e adaptáveis para capitalizar as tendências emergentes e os cenários regulatórios em constante mudança”, diz o relatório.