Em decisão histórica, Banco Central do Japão eleva taxa básica de juros

Decisão de alta marca o fim de política que durou 17 anos

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Publicado em 19/03/2024 às 16:39h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 19/03/2024 às 16:39h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Japão é a segunda maior economia da Ásia. Foto: Shutterstock

🇯🇵 O Banco Central do Japão decidiu, nesta terça-feira (19), aumentar a taxa básica de juros para até 0,1%. Essa é a maior porcentagem em 17 anos.

Com sete votos a favor e dois contra, os membros do conselho optaram por abandonar a política de taxa de juros negativa. Até a segunda (18), a taxa para depósitos era de -0,01%.

“Voltamos a uma política monetária normal que tem como objetivo as taxas de juros de curto prazo, assim como outros bancos centrais”, disse Kazuo Ueda, presidente do BC japonês, em coletiva de imprensa.

🇧🇷 Leia também: Copom deve cortar Selic para 10,75% na Super-Quarta

“Se a tendência da inflação aumentar um pouco mais, isso poderá levar a um aumento nas taxas de curto prazo”, continuou.

Com essa mudança, o Japão deixa de ser o único país a adotar o juro negativo como regra monetária. Outros países de economia forte já testaram a ferramenta, como forma de estimular o comércio, mas abandonaram quando alcançaram os resultados.

Na prática, a mudança tem valor simbólico, já que a diferença não é tão grande, mas deve encarecer a tomada de empréstimos por consumidores e empresas. A meta anual de inflação do Japão é 2%.

Super-Quarta

No Brasil, a decisão sobre a próxima porcentagem da taxa básica de juros (Selic) deve sair nesta quarta-feira (19). A expectativa do mercado é que o Copom (Comitê de Política Monetária) corte a Selic em 0,5 p.p. para 10,75%.

🇺🇸 O mesmo vai acontecer nos Estados Unidos, onde o Fed (Federal Reserve) define se mantém ou diminui a taxa básica que hoje está entre 5,25% e 5,50%. Parte dos analistas avalia que a instituição vai seguir na linha da manutenção, dando sequência a uma ação que já foi tomada 4 vezes anteriormente.