Eletrobras (ELET3) avalia vender fatia de 39% na recém-privatizada Emae

Elétrica já negocia com o novo controlador da Empresa Metropolitana de Águas e Energia de São Paulo.

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Publicado em 03/10/2024 às 15:30h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 03/10/2024 às 15:30h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Emae produz energia hidrelétrica em São Paulo (Imagem: Shutterstock)

A Eletrobras (ELET3) avalia vender a sua participação na Emae (EMAE4), agora que a empresa foi privatizada pelo governo do estado de São Paulo.

💡 A Eletrobras detém uma fatia de 39% da Emae, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia. Contudo, já iniciou tratativas com o novo controlador da companhia, o Phoenix Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégias, sobre a potencial venda dessa participação.

A elétrica não informou o valor estimado da operação. No entanto, pode arrecadar cerca de R$ 570 milhões, caso o negócio considere o preço de fechamento de quarta-feira (3). Isso porque, a Eletrobras é dona de 64,82% das cerca de 22,2 milhões de ações preferenciais da Emae e esse papel fechou cotado por R$ 39,68 no último pregão.

Privatização da Emae

💰 O Phoenix Fundo já pagou R$ 1,04 bilhão para adquirir o controle acionário da Emae. O leilão de privatização foi realizado em abril deste ano pelo estado de São Paulo. Contudo, o processo de desestatização foi concluído apenas nesta semana, com a assinatura do contrato de compra e venda das ações que pertenciam ao governo e ao metrô paulista.

O fundo comprou 74,9% do capital votante da Emae, isto é, cerca de 11 milhões de ações ordinárias, além de 0,22% das ações ordinárias da companhia. É o equivalente a 29,9% do capital social total da Emae. O preço oferecido por ação foi de R$ 70,65, um valor 33,68% acima do preço mínimo de R$ 52,85 estipulado no edital de privatização da empresa.

A Emae produz energia elétrica suficiente para abastecer 835 mil residências do estado de São Paulo, por meio de quatro usinas hidrelétricas. Além disso, faz o controle de cheias e travessias na Represa Billings, que conecta a capital de São Paulo à cidade de São Bernardo do Campo.