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🚨 O mercado financeiro encerrou a sexta-feira (10), em clima de aversão ao risco, refletindo temores fiscais no Brasil e tensões no cenário internacional, após novas declarações de Donald Trump sobre tarifas contra a China.
O movimento fez o dólar ultrapassar R$ 5,50, atingindo o maior valor em mais de um mês, enquanto o Ibovespa recuou 0,73%, aos 140.680 pontos.
A combinação de incertezas locais e externas levou investidores a buscar proteção, pressionando moedas de países emergentes e aumentando a saída de recursos da Bolsa brasileira.
No ambiente doméstico, a principal fonte de instabilidade foi a repercussão de um possível pacote de até R$ 100 bilhões em medidas para 2026, ano eleitoral, conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A proposta incluiria novos benefícios sociais e isenções, sem detalhamento sobre a origem dos recursos.
Além disso, a derrubada da Medida Provisória 1.303, que previa aumento de arrecadação de até R$ 46 bilhões em dois anos, elevou o pessimismo do mercado em relação à sustentabilidade fiscal.
“O real se desvalorizou mais do que outras moedas emergentes, o que mostra que o desconforto vem principalmente de fatores internos”, afirmou Marianna Costa, economista da Mirae Asset.
A preocupação aumentou com a possibilidade de o governo buscar elevações pontuais de tributos, como o IOF, após o STF autorizar o aumento do imposto sem necessidade de aval do Congresso.
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No cenário internacional, Donald Trump voltou a ameaçar a China com novas tarifas, reacendendo o temor de uma guerra comercial, especialmente após Pequim adotar restrições a empresas como Nvidia e Qualcomm.
A tensão impactou os mercados globais, commodities e ativos de países emergentes.
“Essas declarações reforçaram o movimento de saída de capital estrangeiro do Brasil e aumentaram a busca por ativos considerados seguros”, explicou Bruno Shahini, da Nomad.
Com isso, ativos como ouro e títulos do Tesouro americano ganharam força, enquanto o índice DXY, que mede a força do dólar contra moedas fortes, oscilava próximo dos 99 pontos.
Mesmo com o dólar global apresentando leve queda frente a moedas como euro e iene, o real se desvalorizou com força, refletindo a percepção de risco doméstico.
O dólar à vista fechou em alta de 2,4%, cotado a R$ 5,505, enquanto o dólar futuro para novembro avançava 1,5%, para R$ 5,49.
“O movimento reflete fuga de risco e repatriação de recursos para os EUA. Não é força do dólar, é defesa dos investidores”, afirmou Paulo Monteiro, da Gravus Capital.
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O Ibovespa chegou a ensaiar alta no início do dia, alcançando os 142.137 pontos, impulsionado pela valorização das commodities metálicas e pelo anúncio de medidas de estímulo ao crédito imobiliário. No entanto, o pessimismo global e a deterioração fiscal apagaram os ganhos.
📊 Apesar do recuo geral, empresas ligadas ao setor imobiliário e de construção mostraram resiliência diante do anúncio de novas políticas para o crédito habitacional.
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