CEO do Nubank (ROXO34) vende US$ 435 milhões em ações após lucro recorde
Entre maio e junho, o Nubank registrou lucro líquido de US$ 637 milhões, um avanço de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nesta semana, dois bancos de investimentos emitiram relatórios que recomendam a compra de ações do Nubank (ROXO34). Um deles foi o BTG Pactual, que tomou a decisão pela primeira vez desde que o banco digital abriu seu capital na bolsa de valores de Nova Iorque.
De acordo com os analistas do BTG, há um horizonte de otimismo sobre o banco digital em duas principais frentes: programas sociais no Brasil e avanço dos negócios no México. Os balanços do Nubank têm mostrado números consistentes nos últimos trimestres, o que mostraria a potencialidade da subida nos preços.
“Acreditamos que a estratégia do banco no México está sendo muito bem executada e agora claramente ganhou força. Em nossa visão, a expansão internacional segue como um dos principais pontos para investir na ação”, afirmam.
Eles também entendem que a margem financeira apresentada pelo banco favorece a compra do ativo neste momento. Empréstimos sem garantias por meio do cartão de crédito e Pix parcelado aparecem entre os produtos de destaque.
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“Acreditamos que esses avanços devem continuar no segundo semestre de 2025, apoiados pela força crescente do Hyperplane (empresa de inteligência de dados do Vale do Silício adquirida pelo banco em 2024) e pela administração, que pode decidir antes do final do ano se retomará o aumento dos limites de financiamento do PIX para segmentos de baixa renda”, escreveram Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.
Por isso, os analistas projetam um upside de até 35% na cotação do ativo, focando em preço-alvo de US$ 18. Na segunda, antes do relatório, as ações da fintech terminaram o pregão em US$ 13,33.
Para os lucros, o banco de investimentos espera que o Nubank termine 2025 na casa de R$ 2,6 bilhões. Isso estaria sustentado na carteira de crédito e em uma maior margem financeira líquida.
“Nossos números atualizados agora refletem essa dinâmica de curto prazo, ao mesmo tempo em que sustentam o otimismo quanto à lucratividade e às perspectivas de crescimento de longo prazo. Consequentemente, também estamos elevando nossas estimativas para 2026 e 2027 em cerca de 5%, para R$ 3,4 bilhões e R$ 4,3 bilhões, respectivamente”, concluem.
A divisão de investimentos do Itaú também recomendou compra para as ações do Nubank, depois de um tempo cauteloso. A estimativa de valorização também subiu para US$ 18, conforme relatório divulgado na segunda (18).
Na opinião dos analistas, a rentabilidade do cartão de crédito chama a atenção, abrindo espaço para uma expansão. “A dinâmica macroeconômica das famílias está se saindo melhor do que o esperado, enquanto a empresa demonstrou resiliência e adaptabilidade”, afirma.
“Sempre gostamos da história de longo prazo, mas estávamos anteriormente preocupados com revisões de estimativas e níveis de valuation devido à perda de impulso de crescimento. Agora, com melhores estimativas de NII (receita líquida de juros) e menor custo de risco, estamos revisando para cima nossas previsões de lucro para 2025 e 2026 em 20% e 21%, respectivamente”, continua.
Entre maio e junho, o Nubank registrou lucro líquido de US$ 637 milhões, um avanço de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.
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