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O recado de que o ritmo de corte da Selic será mantido em 0,5 ponto percentual vale para as duas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária). Isto é, para janeiro e março de 2024. Foi o que disse o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, nesta quinta-feira (21).
🗣️ "Hoje, com as variáveis que tem, a gente entende que o mais apropriado é o ritmo de 50 pontos e 'próximas reuniões' significa as duas próximas reuniões", declarou Roberto Campos Neto, ao ser questionado sobre o ritmo de corte da Selic durante a apresentação do Relatório de Inflação do BC.
Ele esclareceu que o termo "próximas reuniões", presente nos comunicados do Copom, refere-se aos dois próximos encontros do colegiado. "É o horizonte relevante compatível com as incertezas e a nossa visibilidade em termos de política monetária", afirmou o presidente do BC.
📉 O Copom reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,5 ponto percentual nas suas quatro últimas reuniões. Com isso, a taxa Selic caiu de 13,75% em agosto para os atuais 11,75%.
Além disso, o Copom afirmou no comunicado da última reunião, realizada nos 12 e 13 de dezembro, que antevê "uma redução de mesma magnitude nas próximas reuniões" "em se confirmando o cenário esperado".
Para o comitê, "esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".
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🗓️ Com o esclarecimento apresentado nesta quinta-feira (21) pelo presidente do BC, pode-se concluir, então, que o Copom trabalha com a hipótese de cortar a Selic para 11,25% na primeira reunião de 2024, marcada para os dias 30 e 31 de janeiro, e para 10,75% na reunião seguinte, em 19 e 20 de março.
Roberto Campos Neto ressaltou, por sua vez, que a manutenção dessa hipótese depende da confirmação do cenário esperado pelo BC. Logo, a previsão de mais dois cortes de 0,5 ponto percentual deve ser entendida como uma expectativa e não uma garantia. "A gente não garante nada", declarou Campos Neto.
O Copom ajusta a taxa básica de juros para controlar a inflação. Hoje, o BC projeta taxas de inflação de 4,6% para 2023, 3,5% para 2024 e 3,2% em 2025.
💲 Já a meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 3,25% em 2023 e 3% nos anos seguintes, sempre com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Isto é, o teto da meta de inflação é de 4,75% em 2023 e o BC projeta uma taxa de 2023 para o ano. Por isso, a autoridade monetária reduziu de 67% para 17% a probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior da meta neste ano, conforme o Relatório de Inflação publicado nesta quinta-feira (21).
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