Conta de luz deve ficar mais barata em novembro, com bandeira amarela

Com aumento das chuvas, Aneel vai reduzir bandeira tarifária, que hoje está no nível vermelho patamar 2.

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Publicado em 26/10/2024 às 08:14h - Atualizado 29 dias atrás Publicado em 26/10/2024 às 08:14h Atualizado 29 dias atrás por Marina Barbosa
Bandeira amarela representa uma extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos (Imagem: Shutterstock)

A conta de luz deve ficar mais barata em novembro. Isso porque, com o aumento do volume de chuvas, o governo decidiu reduzir a bandeira tarifária, do nível vermelho para o amarelo.

💡 A bandeira tarifária de novembro foi anunciada na noite de sexta-feira (25) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e, de acordo com a agência, representa uma cobrança extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Atualmente, essa cobrança é de R$ 7,877. Afinal, neste mês de outubro, está em vigor a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara de todas.

A bandeira vermelha patamar 2 foi acionada no início do mês por causa do clima seco, que reduziu o volume de água disponível nas usinas hidrelétricas e elevou o custo de geração da energia elétrica, por causa da ativação das usinas térmicas.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a bandeira vermelha patamar 2 está pressionando a inflação brasileira. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) avançou 0,54% em outubro, impulsionado pelo aumento da energia elétrica residencial.

🌧️ Contudo, a Aneel observou na sexta-feira (25) que "as condições de geração de energia no país melhoraram", permitindo a redução da bandeira tarifária.

"Com o aumento do volume de chuvas e a consequente redução do preço para gerar energia, foi possível acionar a bandeira amarela para novembro", anunciou.

A agência ressaltou, por sua vez, que as provisões de chuvas e vazões nos reservatórios continuam abaixo da média histórica para os próximos meses. Por isso, o governo deve continuar fazendo uso das usinas termelétricas, mais caras.

A Aneel pediu, então, que os consumidores economizem energia para reduzir a necessidade de acionamento das térmicas. "Mesmo que as condições de geração sejam favoráveis, é necessário continuar com bons hábitos de consumo que evitam desperdícios e contribuem para a sustentabilidade do setor elétrico", afirmou.

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos de geração de energia no Brasil, de acordo com fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço de fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.

Atualmente, o sistema de bandeiras tarifárias vai do patamar verde, em que não há cobrança extra para o consumidor, à bandeira vermelha patamar 2, que está em vigor em outubro.

Veja como funciona o sistema:

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
  • Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada kWh consumido;
  • Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada kWh consumido;
  • Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada kWh consumido.