BTG vê valorização de 86% para construtora da Bolsa e mantém compra
Com uma valorização acumulada de 23% em 2025, as ações da MRV também fecharam o pregão com alta de 4,81%.
Um dia depois de o governo federal conseguir aprovar mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, as construtoras e incorporadoras que têm foco no público de baixa renda operam em alta na bolsa de valores. Nesta terça-feira (11), o Conselho Curador do FGTS aprovou a elevação do teto do financiamento do programa habitacional para R$ 275 mil.
O destaque desta quarta fica com a MRV (MRVE3), que vê seus papéis crescerem 1,5% ao longo de toda a manhã. Já as ações da Cury (CURY3) operam com alta de 1,2%, superando os R$ 37, enquanto a Direcional (DIRR3) vê o ticker se valorizar 0,6%, ensaiando chegar aos R$ 18.
A exceção é a Tenda (TEND3), que opera com baixa de 1,5%, conforme dados da B3. No entanto, a performance está mais ligada aos resultados financeiros da companhia do que à novidade do MCMV em si.
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Na véspera, o governo federal enviou uma proposta que previa que os financiamentos feitos no âmbito do programa chegassem ao teto de R$ 275 mil, em vez dos R$ 264 mil em vigor até então. Com a mudança aprovada, a tabela do MCMV fica da seguinte forma:
Para o governo, a elevação do teto se justifica pelo aumento do custo do setor da construção civil, o que também eleva o valor das casas e apartamentos em todo o país. A proposta formulada foi entregue pelo Planalto ao Conselho Curador do FGTS, mas não há informações sobre o impacto econômico da medida.
As mudanças no programa também têm potencial para acelerar o preço das cotas de fundos imobiliários, sobretudo daqueles que estão expostos aos empreendimentos de baixa e média renda. É o caso do BRM Minha Casa Minha Vida (MCMV11), que aplica todos os recursos em imóveis do programa.
Recentemente, depois que o governo fez outras mudanças, o FII anunciou a captação de R$ 250 milhões, podendo chegar a até R$ 312,5 milhões, dependendo da procura. Embora esteja aberto para investidores de todo o país, as cotas são aplicadas em imóveis do Sul e do Centro-Oeste do país.
Com uma valorização acumulada de 23% em 2025, as ações da MRV também fecharam o pregão com alta de 4,81%.
No trimestre, a MRV registrou vendas de R$ 2,445 bilhões, valor 0,5% menor.