Construtoras sobem na B3 após aumento no teto do Minha Casa Minha Vida

Mudança no limite de financiamento para R$ 275 mil impulsiona ações de MRV, Cury e Direcional.

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Publicado em 12/11/2025 às 15:21h - Atualizado 13 horas atrás Publicado em 12/11/2025 às 15:21h Atualizado 13 horas atrás por Wesley Santana
MRV é uma das construtoras listadas na bolsa de valores (Imagem: Divulgação)
MRV é uma das construtoras listadas na bolsa de valores (Imagem: Divulgação)

Um dia depois de o governo federal conseguir aprovar mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, as construtoras e incorporadoras que têm foco no público de baixa renda operam em alta na bolsa de valores. Nesta terça-feira (11), o Conselho Curador do FGTS aprovou a elevação do teto do financiamento do programa habitacional para R$ 275 mil.

O destaque desta quarta fica com a MRV (MRVE3), que vê seus papéis crescerem 1,5% ao longo de toda a manhã. Já as ações da Cury (CURY3) operam com alta de 1,2%, superando os R$ 37, enquanto a Direcional (DIRR3) vê o ticker se valorizar 0,6%, ensaiando chegar aos R$ 18.

A exceção é a Tenda (TEND3), que opera com baixa de 1,5%, conforme dados da B3. No entanto, a performance está mais ligada aos resultados financeiros da companhia do que à novidade do MCMV em si.

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Na véspera, o governo federal enviou uma proposta que previa que os financiamentos feitos no âmbito do programa chegassem ao teto de R$ 275 mil, em vez dos R$ 264 mil em vigor até então. Com a mudança aprovada, a tabela do MCMV fica da seguinte forma:

  • Metrópoles com mais de 750 mil habitantes: teto de R$ 275 mil
  • Capitais e cidades com população até 300 mil habitantes: teto de R$ 240 mil
  • Capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes: teto de R$ 235 mil

Para o governo, a elevação do teto se justifica pelo aumento do custo do setor da construção civil, o que também eleva o valor das casas e apartamentos em todo o país. A proposta formulada foi entregue pelo Planalto ao Conselho Curador do FGTS, mas não há informações sobre o impacto econômico da medida.

Fundos imobiliários também aproveitam

As mudanças no programa também têm potencial para acelerar o preço das cotas de fundos imobiliários, sobretudo daqueles que estão expostos aos empreendimentos de baixa e média renda. É o caso do BRM Minha Casa Minha Vida (MCMV11), que aplica todos os recursos em imóveis do programa.

Recentemente, depois que o governo fez outras mudanças, o FII anunciou a captação de R$ 250 milhões, podendo chegar a até R$ 312,5 milhões, dependendo da procura. Embora esteja aberto para investidores de todo o país, as cotas são aplicadas em imóveis do Sul e do Centro-Oeste do país.