Concorrente da Petrobras adia dividendos e foca na redução de dívidas em 2025

Empresa de petróleo prioriza recompras de ações e controle de alavancagem antes de retomar pagamentos aos acionistas.

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Publicado em 05/11/2025 às 18:08h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 05/11/2025 às 18:08h Atualizado 9 horas atrás por Wesley Santana
Petroleiras são algumas das empresas mais buscadas pelos investidores brasileiros (Imagem: Shutterstock)
Petroleiras são algumas das empresas mais buscadas pelos investidores brasileiros (Imagem: Shutterstock)

Enquanto algumas das principais empresas da bolsa se preparam para distribuir dividendos aos acionistas, a Prio (PRIO3) vai no sentido contrário. A empresa não tem nenhuma perspectiva de compartilhar seus lucros no curto prazo.

O presidente da companhia, Roberto Monteiro, destacou que a companhia não vai aproveitar o momento oportuno para fazer os repasses. Muitas empresas estão aproveitando os últimos meses do ano para pagar dividendos, antes que a remuneração seja alvo de tributação, como deve acontecer a partir de janeiro.

Na análise do executivo, o momento é de prestar atenção às dívidas e tentar reduzir o nível de alavancagem. Durante teleconferência depois do balanço trimestral, ele disse que é mais provável que a empresa recompre ações de forma contínua.

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“Quando chegarmos a um nível baixo de alavancagem que nos dê conforto, falaremos em dividendos”, pontuou. O último dividendo da companhia foi pago em dezembro de 2023, quando os investidores receberam R$ 0,072 por ação ordinária mantida na carteira.

No terceiro trimestre deste ano, a Prio viu seu lucro líquido reduzir em quase 60%, para perto de US$ 64 milhões. No entanto, houve um aumento nas receitas totais, que somaram US$ 607 milhões, conforme destacou o documento publicado na noite de terça-feira (4).

“O crescimento da receita ocorreu mesmo diante da queda de 13% no preço médio do Brent no período, reflexo do aumento de 26% na produção e de 36% nas vendas da companhia na comparação anual”, ressaltou a administração.

Desde o início do ano, a companhia viu o preço de suas ações encolher cerca de 7%, para perto de R$ 38. Atualmente, o valor de mercado é de R$ 36 bilhões, conforme dados da B3.