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Bitcoin (BTC) voltou a valer mais de US$ 100 mil na reta final da semana, chegando neste sábado (8) a mostrar ganhos de quase +2% no acumulado das últimas 24 horas, negociado por US$ 102 mil por volta das 10h45 (horário de Brasília). Será que os compradores já aproveitam os fundos de preço recentes?
Antes da resposta, é preciso entender o diagnóstico que assola a narrativa das
criptomoedas no curto prazo: bilhões de dólares foram sacados dos
ETFs americanos que investem em Bitcoin e demais altcoins.
Justamente a adesão crescente do mercado tradicional ao universo dos
criptoativos foi o que permitiu o Bitcoin alçar novos recordes ao longo de 2025, inclusive chegando a seu topo histórico de US$ 26.198,07 no último dia 6 de outubro.
Todavia, o cenário de dólar mais fraco no mundo, somado a incertezas no ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve, reduziu o apetite por risco em todas as classes de ativos, pegando em cheio também as criptomoedas, aponta relatório da QCP, exchange crypto sediada em Singapura.
"A pressão macroeconômica se refletiu diretamente no mercado de criptomoedas por meio de quatro sessões consecutivas nesta semana de saídas líquidas de aproximadamente US$ 1,3 bilhão de
ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, uma reversão que transformou um dos fatores mais favoráveis de 2025 em um obstáculo de curto prazo", destaca o relatório.
Comprando BTC na baixa
A velha máxima do mercado tradicional de "comprar ao som dos canhões" foi adotada pelos maximalistas de Bitcoin na reta final da semana, uma vez que houve fluxo positivo de US$ 240 milhões entrando em
ETFs de BTC nos EUA, interrompendo a sequência de quatro pregões negativos.
O fundo de índice listado em bolsa de valores que mais atraiu dinheiro no período foi o
iShares Bitcoin Trust (IBIT), que angariou US$ 112,4 milhões.
Para a corretora de Singapura, o
limite psicológico de US$ 100 mil do BTC agora representa a linha divisória crucial, e qualquer estabilização nos fluxos de
ETFs pode reverter rapidamente o sentimento do mercado, assumindo que nenhum novo choque macroeconômico surja.
"Uma alta sustentada no
BTC provavelmente exigirá uma reversão nas saídas de capital de ETFs e uma renovação da confiança em ativos de risco", conclui a QCP.