Eletrobras (ELET3) propõe trégua e convoca acionistas para votar futuro da empresa
A assembleia prevista para abril pode encerrar disputa jurídica com a União e redefinir o futuro da companhia no setor elétrico.
A temporada de balanços do último trimestre de 2024 terminou, depois que quase todas as companhias listadas na B3 divulgaram seus números. O período, no entanto, não foi muito positivo para algumas empresas, que tiveram suas recomendações rebaixadas pelos bancos e corretoras de investimentos.
🔎 Em relatório recente, o Bank Of America destacou que, no 4T24, as empresas viram um crescimento médio de 5% nas receitas e queda de 14% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortização). Houve, também, um recuo de 24% no lucro por ação na comparação anual dos balanços.
O Itaú BBA corroborou com essa opinião e destacou que o pilar de lucros das empresas da bolsa brasileira passou a ser levemente negativa. O banco de investimentos mantém uma metodologia de quatro itens para avaliar o desempenho em grupo das ações listadas na B3.
Mesmo assim, o banco mantém suas apostas em seis companhias brasileiras que podem ter um desempenho aquém das demais nos próximos períodos. Para os analistas, Sabesp (SBSP3), Eletrobras (ELET3), Orizon (ORVR3), Rede D’Or (RDOR3), Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) devem se destacar no 1T25.
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Pensando nos próximos períodos, o BA acredita que deve ocorrer um crescimento de 11% nas vendas, 15% no Ebitda e de 54% no lucro líquido das companhias. Essa opinião considera também as diferenças mercadológicas que há entre os setores avaliados.
Ainda segundo eles, os setores de gás, saúde e transportes devem liderar no critério de crescimento do lucro líquido. Já na faixa do Ebitda, os melhores desempenhos devem ser puxados por construtoras, transportes e também pelo petróleo.
Enquanto isso, o setor de bens de capital, financeiras não bancárias, além de shoppings e mineração deve mapear um retorno positivo nas receitas.
🤖 O Itaú BBA tem usado inteligência artificial para acompanhar as teleconferências das companhias e, com isso, analisa mais de 160 eventos. De modo geral, as empresas tiveram uma nota média de 7,31, em uma escala que vai de 0 a 10.
Apesar disso, o banco destacou que Yduqs (YDUQ3), Pague Menos (PGMN3), CVC (CVCB3) e Itaúsa (ITSA4) tiveram as maiores taxas de avaliação. Em uma comparação trimestral, houve uma queda de 0,45 ponto na classificação geral das companhias.
Já na divisão por setores, educação (7,53), consumo e varejo (7,22) e alimentos e bebidas (7,17) foram os mais bem avaliados. Bancos (-1,17), tecnologia, mídia e telecomunicações (-0,88) e shoppings (-0,83) apresentaram os maiores recuos.
A assembleia prevista para abril pode encerrar disputa jurídica com a União e redefinir o futuro da companhia no setor elétrico.
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