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A Ducoco teve aceito o seu pedido de recuperação judicial pela Justiça do Ceará nesta segunda-feira (17). A empresa especializada em bebidas derivadas de coco soma uma dívida de R$ 670 milhões.
Agora, a empresa tem um prazo de 60 dias para apresentar um plano de recuperação. O documento, posteriormente, deve ser aceito pelos credores, que somam centenas de pessoas físicas e jurídicas, conforme documento entregue à Justiça.
Segundo a empresa, as dificuldades financeiras são decorrentes da alta do custo de insumos para produção de seus itens. Soma-se a isso a alta da taxa Selic, índice que compromete o fluxo de caixa desta que é uma das maiores empresas do setor no país.
A Ducoco foi fundada em 1982 com foco nas plantações da fruta no interior do país. Atualmente, a marca é responsável por 40% do total comercializado ao redor do país, com um quadro de 520 funcionários diretos, de acordo com informações internas.
No mês passado, a empresa demitiu dezenas de colaboradores de forma coletiva em uma de suas sedes no Ceará. Na ocasião, a companhia alegou que enfrentava problemas financeiros, por isso teria despedido os funcionários -alguns deles, no período de experiência.
A Ducoco se junta a dezenas de grandes empresas que entraram em recuperação judicial nos últimos meses. O caso mais recente foi da Gol, que, na semana passada, pediu proteção para R$ 2,3 bilhões em pendências.
Além dela, Casa do Pão de Queijo, Casas Bahia, Supermercado Dia, SouthRock (dona do Subway) e Gol sao algumas das companhias que recorreram à Justiça. Em entrevista à CNN Brasil, Carlos Alberto Di Agostini, destacou que a junção da falta de competitividade, insegurança jurídica e peso da carga tributária somam uma tempestade perfeita para a chuva de RJs.
“O ponto comum entre as recuperações judiciais é a taxa de juros, que acaba, em conjunto com outros fatores, provocando um custo financeiro extremamente alto para as empresas e pessoas físicas. Isso cria um ambiente que impossibilita as empresas honrarem suas dívidas”, destacou ele.
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Mesmo sem provisões e multas contra a empresa, a administração ainda considera que o prejuízo no trimestre seria de R$ 587,6 milhões