Citi rebaixa recomendação para ações dos EUA e aposta na China

Para os analistas os argumentos em prol do setor de tecnologia na China são inquestionáveis.

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Publicado em 11/03/2025 às 12:46h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 11/03/2025 às 12:46h Atualizado 14 horas atrás por Elanny Vlaxio
O relatório foi divulgado nesta terça-feira (11) (Imagem: Shutterstock)

🏦 O Citi rebaixou sua recomendação de compra para neutra em relação às ações dos Estados Unidos, em consonância com a visão de que o excepcionalismo do país está, no mínimo, pausado, indicando que a economia americana poderá não mais superar as de outras nações nos próximos meses.

“Nossa visão é que o excepcionalismo americano está pelo menos sendo colocado em pausa”, escreveu a equipe de estratégia do banco. Para o Citi, os Estados Unidos manterão a liderança no mercado de inteligência artificial, que ainda possui considerável potencial de crescimento, em um desenvolvimento colaborativo com a China.

“No panorama geral, o desempenho superior das ações dos Estados Unidos pode muito bem retornar quando a narrativa da inteligência artificial (IA) assumir novamente, mas, nos próximos meses, esperamos que o ímpeto de crescimento dos Estados Unidos fique abaixo do resto do mundo”, diz o relatório.

💰 Os analistas apontam que dois sinais de preço recentes influenciaram a mudança de visão: o S&P 500 ficando abaixo de sua média móvel de 200 dias e o desempenho insatisfatório de ações líderes de mercado. O Citi, além disso, elevou sua recomendação para as ações da China, de neutra para compra.

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“A China apresenta bons resultados”, embora as tarifas continuem sendo um risco, dizem os economistas. “Há também a possibilidade de chegar a uma resolução nas discussões comerciais com a China, o que seria muito positivo.”

Os economistas do Citi consideram que os argumentos em prol do setor de tecnologia na China são inquestionáveis. A empresa DeepSeek demonstrou que a tecnologia chinesa se encontra na fronteira tecnológica ocidental, ou a superou, apesar dos controles de exportação, seguidos por avanços em IA da Tencent e Alibaba, afirmam eles.

📊 Acrescentam ainda que o presidente Xi Jinping aderiu ao setor de tecnologia, com atraso, e que a tecnologia chinesa ainda apresenta um custo relativamente baixo em comparação com outros ativos globais de IA, mesmo após a significativa alta.

Por fim, os economistas do Citi ajustaram sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) chinês de 4,5% para 4,7% neste ano, em parte devido ao estímulo do investimento em IA.