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🤑 O Citi elevou a recomendação do Bradesco (BBDC4) de neutra para compra. Essa alteração reflete a percepção dos analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi de que o ROE (retorno sobre capital) do banco está melhorando, tanto no curto quanto no médio prazo, e que as receitas ajustadas ao risco devem seguir essa tendência de alta trimestralmente em 2025.
"Para o restante de 2025, as receitas ajustadas ao risco devem continuar melhorando trimestralmente. A partir de 2026, a disciplina de custos deve ter um impacto mais visível nos resultados por meio da alavancagem operacional", afirmam os analistas.
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Pela estimativa do banco, a partir de 2026, a disciplina de custos terá um impacto mais perceptível nos resultados, através da alavancagem operacional. O Citi, em geral, antecipa uma chegada mais rápida aos retornos excedentes. “Vemos o ROE sustentável do Bradesco em 16,5% no quarto trimestre de 2026, o que deve garantir uma reavaliação e aliviar as preocupações com a posição de capital do banco”.
🏦 “Historicamente, os níveis de ROE do banco têm se correlacionado bem com seu múltiplo PBV, o que nos leva a acreditar que uma reclassificação das ações poderia ser concedida em conjunto com as potenciais melhorias no ROE”, diz o relatório.
Para o Citi, a retenção de lucros é o motor principal para o reforço de capital. Por isso, as projeções de lucro do banco para 2025 e 2026 foram aumentadas em 10% e 12%, na ordem. A expectativa de ROE é de 14,7% em 2025 e 15,5% em 2026.
O Bradesco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bilhões no 1º trimestre de 2025, o que significa uma alta de 39,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. “Nossa melhora da rentabilidade está em curso, refletindo a combinação de avanços operacionais e benefícios do plano de transformação. As perspectivas para o restante do ano seguem em linha com o guidance atual”, disse a empresa em comunicado.
Na outra ponta, o lucro líquido contábil foi de R$ 5,8 bilhões, um crescimento de 37,8% na comparação anual e de 17,6% em relação ao trimestre anterior. Já a margem do banco com clientes, resultado das operações de crédito, subiu 15,5% em um ano, totalizando R$ 16,7 bilhões. As receitas de serviços do banco cresceram 1,3% em um ano, totalizando R$ 9,769 bilhões.
💰 Por outro lado, as despesas de provisão expandidas recuaram 2,2%, para R$ 7,642 bilhões. Além disso, o Bradesco registrou um retorno anualizado sobre patrimônio líquido de 22,4% no 1T24, 2,6 pontos percentuais acima do ano anterior. A carteira de crédito finalizou o trimestre em R$ 1 trilhão, uma elevação de 12,9% em um ano, e a inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) estava em 4,3%, com queda de 1,8 ponto percentual.
Apesar de um aumento de 12,3% ano a ano, as despesas operacionais totais caíram 8,6% na comparação trimestral, chegando a R$ 15 bilhões. Por fim, o índice de Basileia total do banco foi de 15,4% (ante 15,1% há um ano e 14,8% em dezembro), e o índice de capital nível 1 subiu para 13% (em comparação com 12,6% no ano anterior e 12,4% em dezembro).
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