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🚨 O varejo brasileiro iniciou o ano com o pé no freio. Dados divulgados pela Cielo, uma das principais empresas de meios de pagamento do país, revelam que as vendas no setor caíram 0,3% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação.
O desempenho sugere uma desaceleração no consumo, reforçada por um cenário macroeconômico desafiador e mudanças no comportamento do consumidor.
Por outro lado, considerando os valores nominais – ou seja, sem ajuste para a inflação –, o volume de vendas cresceu 5,5% no mesmo intervalo.
A discrepância entre os números sugere que boa parte desse crescimento se deve à alta dos preços, e não ao aumento da demanda.
A retração no comércio foi particularmente sentida no segmento de serviços, que teve queda real de 2,1% em janeiro.
Entre os principais afetados, bares e restaurantes enfrentaram dificuldades, impactados pelo encarecimento dos alimentos e pela redução do poder de compra das famílias.
O setor de bens duráveis também apresentou desempenho negativo, recuando 2,4%. Itens como móveis, eletrodomésticos, óculos e joias registraram menor volume de vendas, possivelmente influenciados pela antecipação de compras durante a Black Friday e o Natal.
Já o segmento de bens não duráveis, como alimentos e produtos de higiene, mostrou uma leve alta de 1,1%, beneficiado pela demanda constante desses itens essenciais.
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A análise por região revela que apenas o Sul do país apresentou crescimento nas vendas, com avanço de 1,6%.
No restante do Brasil, o desempenho foi negativo. O Centro-Oeste liderou as quedas, com retração de 2,8%, seguido pelo Norte (-2,4%) e pelo Nordeste (-2%).
O Sudeste, que concentra a maior fatia do consumo nacional, ficou praticamente estável, com leve oscilação negativa de 0,1%.
Especialistas apontam que fatores como alta nos preços de alimentação fora do lar, combustíveis e passagens aéreas podem ter desestimulado os consumidores.
"O encarecimento desses serviços faz com que as famílias repensem seus gastos e priorizem despesas essenciais", avalia Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo.
Além disso, os setores mais dependentes de compras por impulso, como óticas e joalherias, podem ter sido afetados pelo consumo antecipado em datas comerciais no fim de 2023.
A combinação desses fatores levanta um sinal de alerta para o ritmo de recuperação do varejo em 2024, especialmente diante da manutenção dos juros elevados, que encarece o crédito e desestimula novas compras.
📊 O desempenho das vendas nos próximos meses será um termômetro importante para entender se a retração de janeiro foi pontual ou se sinaliza um ajuste mais profundo no consumo.
Com a inflação mais controlada e expectativas de cortes na taxa Selic ao longo do ano, há uma expectativa de melhora gradual na atividade varejista.
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