Acionistas da Cielo (CIEL3) rejeitam nova avaliação de ações para OPA
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
💳 Em fato relevante divulgado na manhã desta terça-feira (2), a Cielo (CIEL3) informou que seus controladores aceitaram elevar o preço da OPA (Oferta de Aquisição de Ações).
O novo valor a ser pago por ação é de R$ 5,60, um acréscimo de quase 5% em relação aos R$ 5,35 prometidos anteriormente. O valor também representa um ágio de 3,3% no resultado dos papéis no fechamento da segunda (1).
A OPA é um acordo fechado entre os acionistas majoritários da adquirente para o fechamento de capital na bolsa de valores. Bradesco, Banco do Brasil, que detêm mais da metade das ações, além de gestoras de estão envolvidos no processo.
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Os acionistas declararam que o valor ofertado seria oferecido, caso a assembleia que discutia os preços fosse suspensa e que não houvesse um novo laudo de avaliação de preço.
Neste caso, também nesta manhã, a empresa divulgou outro comunicado informando sobe a suspensão da reunião por 21 dias. Os minoritários têm, portanto, um novo período para avaliar a oferta dos controladores.
Apesar de uma alta na oferta, o novo preço continua abaixo do avaliado pelo Bank of América, contrato pela empresa para o laudo de avaliação. No mês passado, o banco norte-americano afirmou que o valor ideal era de R$ 8,61 por papel, o que levou a contestação de algumas gestoras que compõe o grupo societário.
💰 A operação de aquisição das ações tem o objetivo de converter o registro da companhia da categoria “A” para “B”. A companhia também pede a saída do Novo Mercado da B3, um segmento de ações que pede mais padrões de governança corporativa.
Se concluída a operação, o Banco do Brasil terá 49,99% do capital social, enquanto o Bradesco 50,01%. Atualmente, os índices não passam de um quarto para cada um dos acionistas.
A Cielo tem R$ 14,7 bilhões em valor de mercado. No último trimestre do ano passado, o lucro líquido da companhia foi de R$ 480 milhões. A empresa atingiu R$ 221 bilhões em processamento de pagamentos.
A determinação dos acionistas da Cielo de não exigir o segundo laudo foi divulgada em comunicado oficial pela companhia.
O valor a ser pago a título de JCP, no montante de R$ 410 milhões, não sofreu alteração.