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Agentes do mercado financeiro podem ter usado informações privilegiadas para obter altos lucros na negociação de dólar, antes mesmo do público em geral tomar ciência do tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciados pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Tanto que a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu neste sábado (19) que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue possíveis correlações sobre o uso indevido de informações privilegiadas no mercado cambial brasileiro envolvendo o anúncio oficial de novas tarifas comerciais impostas pelos EUA ao Brasil, no dia 9 de julho.
No caso, a petição do governo federal é feita após reportagens veiculadas pelo G1 e pela TV Globo no último dia 18 denunciarem que ocorreram transações de câmbio em volume significativo, da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões, poucas horas antes e depois do anúncio oficial de novas tarifas comerciais impostas às exportações brasileiras.
Ou seja, poderia ter ocorrido a utilização de informações privilegiadas (insider trading) por pessoas físicas ou jurídicas, supostamente com acesso prévio e indevido a decisões ou dados econômicos de alto impacto.
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Na reportagem, é mencionada uma publicação feita pelo investidor Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que alertou para possíveis ganhos de até 50% em operações com o dólar realizadas mediante insider trading. A investigação integra o inquérito contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-São Paulo), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de medidas cautelares no último dia 18 de julho.
"A AGU enfatiza que o inquérito, instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar a conduta delitiva do deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro, decorre do uso de instrumentos comerciais internacionais como mecanismo de coação premeditada contra a Justiça brasileira", destaca comunicado à imprensa.
Vale destacar também que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que fiscaliza o mercado financeiro brasileiro, adotará medidas sobre o suposto caso de insder trading no mercado de câmbio dentro de suas atribuições.
"A AGU pontua, que além da esfera criminal, o uso ilícito de informação privilegiada enseja responsabilidade civil e administrativa, inclusive por prejuízos ao mercado e a investidores", conclui a petição do órgão.
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