Casas Bahia (BHIA3) atrai bancão e dispara na B3
Ações da varejista sobem mais de 10% e figuram entre as maiores altas da B3 nesta quinta-feira (28).
A Casas Bahia (BHIA3) sofreu um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, o sexto trimestre consecutivo de resultados negativos.
📈 Com isso, a Casas Bahia registrou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no acumulado de 2023, ampliando em mais de seis vezes as perdas em relação a 2022.
Em 2022, a varejista havia registrado um prejuízo de R$ 163 milhões no quarto trimestre e de R$ 342 milhões no acumulado do ano.
Segundo a Casas Bahia, o resultado foi influenciado pelo desempenho do mercado, mas também por impactos não recorrentes ligados ao plano de transformação da companhia, como o fechamento de lojas e a redução do quadro de pessoal.
📉 A companhia lançou um plano de reestruturação em agosto de 2023, para tentar estabilizar a operação, retomar a geração de caixa e melhorar a rentabilidade. Com isso, fechou 55 lojas e 8,6 mil empregos ao longo do ano passado. Os cortes atingiram cerca de 20% do quadro de funcionários da companhia e afetaram 42% dos cargos de alta liderança.
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A Casas Bahia, contudo, teria fechado no vermelho mesmo sem os efeitos não recorrentes do plano de reestruturação. O resultado que exclui os efeitos não recorrentes foi negativo em R$ 564 milhões no quarto trimestre e em R$ -1,7 bilhão no acumulado de 2023.
A varejista diz, por sua vez, que o plano de reestruturação já começa a apresentar retornos. É que, depois de três anos queimando caixa, a companhia teve um fluxo de caixa livre positivo de R$ 648 milhões em 2023.
A receita líquida da Casas Bahia recuou 16,2% no quarto trimestre, para R$ 7,4 bilhões, e 6,6% no ano, para R$ 28,8 bilhões. O indicador foi influenciado pela redução das receitas das lojas físicas, mas também das vendas online.
Com isso, o Ebitda despencou 74,1% no quarto trimestre, para R$ 163 milhões. No ano, a cifra recuou 38,6%, para R$ 1,2 bilhão. A margem Ebitda caiu de 7,7% em 2022 para 4,3% em 2023.
Ações da varejista sobem mais de 10% e figuram entre as maiores altas da B3 nesta quinta-feira (28).
Os custos das operações serão de CDI a +4% ao ano.