Carrefour (CRFB3): Vendas sobem 2,5% no 1º tri, para R$ 27,8 bi
Resultado foi impulsionado pela alta da inflação e bom desempenho das lojas do Atacadão.
O Carrefour (CRFB3) está fazendo um verdadeiro saldão das suas lojas pelo país. Nesta terça-feira (3), o grupo assinou um acordo para venda de oito lojas no sul, mas ainda está previsto mais 49 cessões.
📄 O acordo desta semana foi fechado junto ao Muffato e Festval que devem ficar com quatro unidades cada, todas localizadas em Curitiba. As unidades hoje pertencem à rede Nacional e é esperado um montante de R$ 400 milhões pelos desinvestimentos, segundo fontes próximas ao negócio.
“Parte desses proceeds vamos ter que usar para fazer todas as regularizações operacionais da venda, como liquidar o contas a receber e pagar funcionários. Então ainda não sabemos quanto disso vai efetivamente entrar no caixa da empresa”, comentou Eric Alencar, CFO do Carrefour, ao Brazil Journal.
Por meio de comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o Carrefour destacou que as vendas fazem parte da estratégia de maximização do retorno dos ativos. Até agora, o grupo francês já assinou acordos para vender ao menos 15 lojas das marcas subsidiárias.
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O plano da rede francesa é se desfazer de todas as outras marcas que opera no país, mantendo apenas Atacadão, Carrefour e Sam’s Club. As marcas TodoDia e BIG já foram fechadas, tendo sido convertidas em uma das três bandeiras principais.
As redes Nacional e Bompreço foram herdadas da operação em que o Carrefour adquiriu os direitos do BIG no Brasil -anteriormente Walmart- em 2022. Na época, o M&A custou R$ 7,5 bilhões.
🍖 Depois que a rede de varejo esteve no centro de um boicote, o fornecimento de carnes foi normalizado, destacaram fontes. O Carrefour chegou a registrar baixa de estoque em algumas unidades, depois que o CEO global da marca fez um pronunciamento que desagradou os produtores brasileiros, quando questionou a qualidade sanitária das carnes brasileiras.
O executivo se viu obrigado a voltar atrás e pedir desculpas pelo que classificou como “confusão”. “Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpas”, assina Alexandre Bompard, diretor-presidente do Grupo Carrefour.
Resultado foi impulsionado pela alta da inflação e bom desempenho das lojas do Atacadão.
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