🐂 As autoridades do Brasil engrossaram o caldo contra a França nesta semana, desde que se instaurou uma nova polêmica entre o agronegócio brasileiro e empresários europeus. Só que desta vez, as proporções são até maiores já que envolvem um embargo contra todos os produtores de carne bovina do Mercosul pela rede de supermercados Carrefour na Europa.
Isso porque o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, declarou apoio ao movimento de associações de produtores de proteína animal e entidades brasileiras do agronegócio que sugerem boicote em repúdio à decisão da rede varejista Carrefour, na França, de suspender a venda de carne oriunda do bloco sul-americano.
Tal embargo pelos europeus foi feito na última quarta-feira (20) pelo CEO mundial da companhia, Alexandre Bompard, em carta a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas da França, e divulgada nas redes sociais.
No mesmo dia, a pasta da Agricultura publicou nota em que rechaçou a decisão do Carrefour e reafirmou a qualidade da carne produzida no Brasil.
Em seguida, entidades do setor, incluindo:
Também divulgaram uma nota de repúdio e sugeriram a possibilidade de boicotar totalmente a oferta de carne ao Grupo Carrefour no Brasil (CRFB3).
Afinal, o próprio Carrefour havia divulgado nota informando que o veto da companhia só se aplicaria às lojas da França, por causa da crise vivida pelos produtores rurais do país, mas não valeria para as unidades do Brasil e Argentina, bem como outros países onde a rede opera na forma de franquia.
O Mercosul é o bloco econômico formado por Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Só os produtores brasileiros exportaram 42,96 mil toneladas de carne bovina para a União Europeia em 2024, conforme dados da Agrifatto, baseados em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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Durante fala a jornalistas durante evento de comemoração de dez anos da fundação da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Fávaro demonstrou surpresa com a decisão da matriz do Carrefour, na França.
"Nos surpreende a presidência local [do Carrefour], aqui no Brasil, dizer ‘nós vamos continuar comprando porque sabemos que tem boa procedência, quem não quer comprar é a matriz, a França'. Ora, se não serve para os franceses, não vai servir para os brasileiros. Então, que não se forneça carne nem para o mercado desta marca aqui no Brasil", afirmou.
Ele continuou dizendo que o Brasil tem que ter muita responsabilidade e garantia da qualidade de seus produtos, querendo crer que os diretores franceses da varejista vão repensar do que estão falando da produção brasileira.
"O Brasil tem que ter muita responsabilidade e garantia da qualidade dos nossos produtos. Eu quero crer que eles vão repensar o que estão falando da produção brasileira", disse Fávaro, em referência à posição das entidades brasileiras.
(Com informações da Agência Brasil)
Resultado foi impulsionado pela alta da inflação e bom desempenho das lojas do Atacadão.
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