Caixa Seguridade (CXSE3) ajusta oferta pública de ações, veja motivo
A quantidade de ações ofertadas foi reduzida para 82.380.893.
A Caixa Seguridade (CXSE3) movimentou R$ 1,2 bilhão no primeiro follow-on (oferta subsequente de ações) do ano na bolsa brasileira.
💲 A oferta envolveu a venda de 82,38 milhões de ações que estavam sob o controle da Caixa Econômica Federal e foi precificada em R$ 14,75 a ação.
O preço, informado nesta quinta-feira (20), ficou levemente abaixo da atual cotação do papel.
As ações da Caixa Seguridade fecharam o pregão da véspera cotadas a R$ 15,62. O papel já subiu 12% no acumulado de 2025.
O follow-on era esperado desde o ano passado, pois era necessário para a companhia se enquadrar às regras do Novo Mercado da B3.
📊 A B3 exige que companhias listadas em segmentos especiais de negociação, como o Novo Mercado, mantenham ao menos 20% de suas ações em circulação no mercado.
Contudo, a Caixa Seguridade mantinha apenas 17,25% das suas ações em negociação. Os outros 82,75% seguiam com a Caixa Econômica Federal. Por isso, o banco previa a venda de 2,75% das suas ações para atingir o free-float de 20%.
Inicialmente, era esperada a oferta de 82,5 milhões de ações no follow-on. Contudo, esse volume foi reduzido para 82,38 milhões na semana passada, depois que a Caixa vendeu 119 mil ações em razão do cumprimento de ordens judiciais.
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Ao anunciar a precificação da oferta nesta quinta-feira (20), a Caixa Seguridade ressaltou que a operação não implica em uma diluição da participação dos seus acionistas atuais.
🗣️ "Por se tratar de uma oferta pública exclusivamente de distribuição secundária, não houve, portanto, diluição dos atuais acionistas da Companhia, não tendo sido concedida prioridade aos atuais acionistas da Companhia para aquisição das Ações", afirmou.
Além disso, há uma expectativa de que a operação aumente a liquidez do papel.
O follow-on da Caixa Seguridade quebra um jejum de cinco meses de ofertas na B3. A última operação desse tipo havia sido realizada em outubro de 2024, pela Eneva (ENEV3).
A bolsa brasileira também não recebe IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) desde o final de 2021. E as chances de que este jejum continue em 2025 são grandes, devido aos juros altos, dizem analistas.
A quantidade de ações ofertadas foi reduzida para 82.380.893.
No Brasil, a oferta será conduzida em mercado de balcão não organizado.