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Tomar um gole de café nunca esteve tão caro no Brasil e no mundo. Nesta semana, a bebida queridinha dos brasileiros atingiu níveis recordes nos mercados onde é negociada.
☕️ A saca do café arábica chegou a US$ 3,44 a libra, o que representa um crescimento de 80% desde janeiro. Outros tipos do grão também chegaram a patamares inéditos.
A explicação para isso está nos eventos climáticos registrados no Brasil e no Vietnã, dois dos maiores produtores globais do grão. Ambos os país enfrentaram inundações e secas que contribuíram para uma safra mais enxuta.
A diminuição da colheita do café afeta diretamente o preço dele no mercado internacional. E isso acontece justamente em um momento em que a popularidade do café cresce ao redor do mundo.
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A alta demanda aliada a uma baixa oferta do produto forca os preços a convergirem para o alto. Em 2024, muitas das empresas produtoras até conseguiram absorver os aumentos, mas elas já disseram que no próximo ano será diferente.
"Agora elas estão quase em um ponto de inflexão. Muitas delas estão pensando em um aumento de preço nos supermercados no [primeiro trimestre] de 2025”, diz Vinh Nguyen, presidente-executivo da Tuan Loc Commodities, em entrevista à BBC News. Empresas como JDE Peet (dona da Pilão) e Nestlé pontuaram que não são imunes ao preço do café no mercado internacional.
O grupo 3corações, líder do setor no Brasil, comunicou que, a partir de 1 de janeiro, o preço do café vai sofrer um reajuste de 20%. Já os itens da linha Pilão devem sofrer um aumento de 30%, mas a JDE não dispensa novas subidas a partir de fevereiro.
"Apesar de termos absorvido essas variações ao máximo, a persistência desse cenário tornou necessária uma revisão de nossos custos operacionais, resultando em um ajuste nos preços. Reiteramos, entretanto, nosso compromisso em implementar esse ajuste de forma gradual e responsável, sempre com o objetivo de minimizar o impacto para o consumidor e preservar a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva”, diz nota da 3corações.
💰 O café é a segunda commodity mais negociada no mercado global, atrás apenas do petróleo bruto. No ano passado, o Brasil exportou 47,3 milhões de sacas, um número recorde na série histórica, sendo que cada unidade pesa 60 kg.
Os principais destinos do produto brasileiro foram: Estados Unidos (1,85 milhão de sacas), Alemanha (1,54 milhão) e Bélgica (957 mil). No entanto, ao todo, o grão brasileiro desembarcou em 120 países, ou seja, 7 em cada 10 nações do mundo provaram do produto tupiniquim.
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