ByteDance, controladora do TikTok, reporta lucro recorde; veja números

Lucro recorde vem quando empresa enfrenta embate com legisladores nos Estados Unidos

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Publicado em 11/04/2024 às 07:00h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 11/04/2024 às 07:00h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Além dos vídeos curtos, rede social popularizou live commerce. Foto: Shutterstock

💃 Vídeos de danças dão dinheiro, e a ByteDance, dona do TikTok, pode provar.

A empresa viu seu lucro disparar no ano passado, superando os índices recordes que já tinha registrado anteriormente. Em relatório publicado pela Bloomberg News nesta quarta-feira (10), a companhia reportou uma alta de 60%, para US$ 40 bilhões no acumulado dos doze meses de 2023.

Os números de 2022 já haviam sido satisfatórios para a empresa, mas agora ela consolida sua posição como a startup mais valiosa do mercado mundial. Em termos de comparação, o lucro foi superior ao de companhias do varejo, como Tencent e Alibaba, ambas também chinesas.

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Atualmente, a rede diz manter mais de 1 bilhão de usuários ativos pelo mundo, o que representaria quase um quinto de todas as pessoas que usam internet diariamente. A plataforma tem um forte com as gerações mais modernas, mas alcança também pessoas de outras idades que compartilham vídeos de todos os assuntos.

O resultado positivo, no entanto, chega em um momento conturbado, em que os Estados Unidos discutem um projeto de lei que pode proibir o aplicativo no país. O assunto já passou pela Câmara dos Deputados, onde recebeu apoio de maioria absoluta. Agora, segue para análise e votação do Senado, com posterior sanção do presidente da República.

De modo geral, o PL não tem um destinatário certo, mas seria uma resposta para todas as redes sociais controladoras por países adversários -caso da China. A proposta original dizia que o app da ByteDance representava um risco de segurança nacional, considerando que outros governos poderiam usar dados da população norte-americana.

Caso aprovada a lei, uma saída para o TikTok seria a venda de sua filial nos EUA para empresa local. A ByteDance argumenta, porém, que a proibição pode tirar bilhões de dólares dos criadores de conteúdo e dos pequenos negócios, acarretando uma baixa de 300 mil empregos no país.