Braskem (BRKM5) quer triplicar uso de etano no Brasil e aposta em gás da Petrobras
Segundo o presidente-executivo da empresa, Roberto Ramos, a ideia é triplicar a participação do etano na planta de Camaçari (BA).
Na manhã desta segunda-feira (7), as ações da Braskem (BRKM5) sobem no pregão. Por volta das 11h, os papéis eram negociados com alta de quase 2%, cotadas em R$ 9,50.
O plano de fundo desta alta é um avanço significativo dado pelo empresário Nelson Tarune na compra das ações da Novonor. A Petroquímica Verde Fundo de Investimento em Participações teria pedido ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma autorização para a aquisição dos papéis.
Diante disso, a Braskem publicou um fato relevante informando a comunicação, mas ressalta que nenhum acordo foi celebrado até o momento.
Ao menos desde o mês passado, Tanure tenta adquirir o controle da Novonor por meio da compra indireta. Uma saída seria adquirir os papéis da Braskem no pregão da bolsa, mas o veículo de investimento tenta a forma alternativa.
Leia mais: Tesla (TSLA34): Ações tombam quase 7% após Musk criar "Partido da América"
Desta maneira, caso adquira o controle, não deve haver pagamento de prêmios aos investidores. Fontes próximas do negócio disseram a imprensa que a negociação não incluiria tag along ou OPA (Oferta Pública de Aquisição).
A Novonor (antiga Odebrecht) tem tentado vender sua fatia na Brastemp há alguns meses, mas ainda não teve sucesso na oferta. Além de achar um potencial comprador, é preciso entrar em um acordo com os bancos credores da companhia.
Estima-se que ao menos R$ 15 bilhões do capital social da marca esteja comprometido com dívidas. Isto é, as instituições financeiras detém as ações como garantia de pagamento dos contratos em aberto.
Soma-se a isso o fato de que a Petrobras também precisa aprovar a operação, já que ela é a segunda maior acionista da Braskem.
Na semana passada, antes do documento divulgado pela Braskem, o Tanure se pronunciou nas redes sociais. Ele comemorou o aporte de R$ 4,3 bilhões feito pela Braskem para a produção de polietileno.
“Acredito profundamente no papel da indústria petroquímica para o futuro do país e, acima de tudo, no potencial do Brasil para assumir uma posição de protagonismo global na química verde”, escreveu Tanure no LinkedIn.
O post vai de encontro com os desejos públicos do magnata, que já mostrou ter planos de transformar sua potencial nova empresa em uma petroquímica verde. O foco dele estaria na fábrica de Camaçari, na Bahia, onde a empresa poderia desenvolver um centro de inovação química sustentável.
Segundo o presidente-executivo da empresa, Roberto Ramos, a ideia é triplicar a participação do etano na planta de Camaçari (BA).
O empresário também pretende dialogar com a Petrobras (PETR4), segunda maior acionista da Braskem.