Brasil avança duas posições no ranking mundial de exportações

Agora, o País ocupa o 24º lugar de exportadores de mercadorias

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Publicado em 10/04/2024 às 19:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 10/04/2024 às 19:57h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
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🚢 O Brasil ascende duas posições no ranking global de exportações de mercadorias em 2023, mesmo diante da retração no comércio internacional no período. Projeções da OMC (Organização Mundial do Comércio) indicam uma possível recuperação nas trocas globais para 2024, com um crescimento esperado de 2,6% em volume, incluindo um aumento tanto nas exportações quanto nas importações na América do Sul.

No ano anterior, o comércio global foi afetado pela queda na demanda, especialmente na Europa, América do Norte e Ásia. Agora, a OMC observa uma "evidente" recuperação nas trocas, impulsionada pela diminuição da inflação e melhora na renda, refletindo em um aumento no consumo.

Em termos de valor, o comércio de mercadorias atingiu US$ 24,01 trilhões, representando uma queda de 5%. No entanto, esse declínio foi compensado por um forte aumento de 9% no comércio de serviços, totalizando US$ 7,54 trilhões.

Nesse contexto, o Brasil manteve seu crescimento nas exportações, alcançando a 24ª posição no ranking mundial de exportadores de mercadorias, em comparação com a 26ª posição em 2022, superando países como a Arábia Saudita e a Malásia.

O valor das exportações brasileiras alcançou US$ 340 bilhões, um aumento de US$ 6 bilhões em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o valor das exportações da Arábia Saudita registrou US$ 322 bilhões, representando uma significativa redução de US$ 88 bilhões, e as exportações da Malásia totalizaram US$ 313 bilhões, uma queda de US$ 40 bilhões.

A participação do Brasil nas exportações mundiais de mercadorias aumentou de 1,3% para 1,4%, enquanto a participação da Arábia Saudita declinou de 1,6% para 1,4%.

O economista sênior da OMC, Coleman Nee, destacou a situação da Arábia Saudita, atribuindo-a aos preços do petróleo. Ele enfatizou que o Brasil, embora exporte recursos naturais, também exporta produtos industriais, resultando em uma base econômica mais diversificada e uma participação mais estável no comércio mundial.

Enquanto os preços dos combustíveis caíram 19% no mercado mundial em 2023, os preços dos produtos agrícolas tiveram uma queda de 2% (enquanto os preços dos alimentos subiram 1%).

Os preços das commodities recuaram de seus picos na segunda metade de 2022, mas ainda estavam acima dos níveis pré-pandemia de COVID-19 no primeiro trimestre deste ano.

Nos primeiros meses de 2023, os preços globais de energia diminuíram em média 41% em relação ao pico, mas permaneceram 30% mais altos do que em 2019. Já os preços de produtos agrícolas e insumos estavam 35% mais altos do que em 2019 para alimentos, 45% para grãos e 44% para fertilizantes.

Em relação às importações de bens, o Brasil caiu uma posição em 2023, ficando em 27º lugar devido a uma redução de US$ 3 bilhões nas compras externas no ano anterior. Enquanto isso, a Rússia, em guerra e sob sanções internacionais, importou US$ 64 bilhões a mais, principalmente da China, totalizando US$ 304 bilhões em compras externas.

No setor de serviços, o Brasil também perdeu uma posição entre os importadores, ficando em 22º lugar, com um total de US$ 81 bilhões.

Para 2024, a OMC projeta um aumento nas exportações da América do Sul, com o Brasil exercendo um papel importante, prevendo um crescimento de 2,6% em comparação com 1,9% no ano anterior. As importações na região também devem aumentar em 2,7%, em comparação com a contração de 3,1% em 2023.

Apesar das oportunidades de negócios adicionais para os exportadores brasileiros, a OMC alerta para o impacto das tensões geopolíticas e incertezas políticas, que podem prejudicar a recuperação do comércio global em 2024 e 2025. O protecionismo é identificado como um risco significativo nesse sentido.