Seguindo MicroStrategy, empresas investem em Bitcoin (BTC) para aumentar preço das ações
Operação tem suas vantagens, mas volatilidade é risco para caixa
💲 O mercado de criptomoedas voltou a esquentar nesta quinta-feira (6), com o Bitcoin (BTC) ultrapassando a marca dos US$ 99 mil.
O movimento foi impulsionado por um comentário de Eric Trump, filho do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu que a plataforma de criptoativos World Liberty Financial, apoiada pela família Trump, investisse na criptomoeda.
Em uma publicação na rede social X, Eric Trump declarou: "Parece um ótimo momento para entrar no BTC, @worldlibertyfi".
O post, feito por volta das 22h40 (horário de Brasília), gerou uma rápida reação do mercado, elevando o preço do Bitcoin de US$ 96.900 para US$ 97.830.
Os microfuturos da CME também refletiram essa alta, alcançando os US$ 98 mil. Horas depois, a criptomoeda ultrapassou os US$ 99 mil, reforçando o otimismo dos investidores.
A valorização do Bitcoin ocorre em meio a uma crescente especulação sobre possíveis mudanças na política dos Estados Unidos em relação às criptomoedas.
Recentemente, David Sacks, consultor da Casa Branca para inteligência artificial e criptoativos, afirmou que o governo norte-americano avalia a possibilidade de formar um "estoque estratégico" de Bitcoin.
A declaração, no entanto, não trouxe medidas concretas, deixando investidores divididos entre expectativa e cautela.
➡️ Leia mais: Haddad diz que espera “surpresas positivas” mesmo com inflação em alta
Apesar da alta significativa, especialistas alertam que o Bitcoin ainda está abaixo do preço médio realizado de 2025, estimado em US$ 100.356, o que poderia indicar uma pressão vendedora caso o ativo não consiga sustentar a tendência de alta.
Entretanto, dados da Glassnode apontam um sinal positivo para o mercado: nas últimas 24 horas, mais de 17.000 BTC foram retirados de exchanges, o equivalente a US$ 1,6 bilhão.
Esse movimento costuma ser interpretado como um indicativo de alta, sugerindo que grandes investidores estão acumulando Bitcoin para o longo prazo, em vez de vender no curto prazo.
📈 Outro fator que reforça o otimismo no mercado é o desempenho dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos.
De 13 de janeiro a 5 de fevereiro de 2025, os fundos acumularam US$ 4,4 bilhões em entradas líquidas, representando um crescimento de 175% em relação ao mesmo período de 2024, quando as captações somaram US$ 1,6 bilhão.
Desde o lançamento, os ETFs de Bitcoin se consolidaram como um dos produtos financeiros mais bem-sucedidos globalmente, movimentando um volume total de US$ 40,6 bilhões. O destaque fica por conta do BlackRock iShares Bitcoin Trust (IBIT), que sozinho captou US$ 40,7 bilhões em aportes líquidos.
O mercado agora monitora de perto o comportamento do Bitcoin na tentativa de consolidar a marca dos US$ 100 mil.
A expectativa em torno de possíveis políticas mais favoráveis ao setor cripto nos Estados Unidos, aliada ao aumento do interesse institucional, pode fortalecer ainda mais a tendência de valorização da criptomoeda.
Operação tem suas vantagens, mas volatilidade é risco para caixa
Após atingir US$ 102 mil nas últimas 24 horas, a maior criptomoeda do mundo voltou a recuar e, nesta terça-feira (4).