Após recorde histórico, Bitcoin (BTC) volta a cair com 'esquecimento' de Trump

O movimento de queda coincidiu com o discurso de posse de Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos.

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Publicado em 20/01/2025 às 10:08h - Atualizado 12 horas atrás Publicado em 20/01/2025 às 10:08h Atualizado 12 horas atrás por Matheus Rodrigues
O recorde supera o patamar de US$ 108 mil alcançado em dezembro passado (Imagem: Shutterstock)

🚨 O mercado de criptomoedas entrou em ebulição nesta segunda-feira (20), com o Bitcoin (BTC) renovando sua máxima histórica ao atingir US$ 109 mil em algumas exchanges.

Este marco acontece horas antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que assume o cargo como o 47º presidente.

O recorde supera o patamar de US$ 108 mil alcançado em dezembro passado, refletindo otimismo em torno de possíveis políticas favoráveis ao setor cripto.

Especialistas apontam que Trump pode assinar até 100 ordens executivas logo após ser empossado, com expectativa de que algumas delas abordem o mercado de ativos digitais.

Durante a campanha presidencial, o agora presidente eleito mencionou a possibilidade de criar uma reserva estratégica nacional de Bitcoin, o que tem gerado otimismo entre investidores e players do setor.

Sebastián Serrano, CEO da Ripio, destaca a abordagem pragmática de Trump com as criptomoedas: “Trump tem se mostrado favorável ao ecossistema, mantendo uma perspectiva de políticas que podem beneficiar o setor.”

Memecoins ligadas à família Trump ganham destaque

Além do Bitcoin, as memecoins lançadas pela família Trump ganharam grande notoriedade.

Donald Trump e sua esposa, Melania Trump, introduziram seus próprios tokens digitais pouco antes da posse, gerando debates sobre ética e influência política no mercado financeiro.

A criptomoeda TRUMP, lançada na sexta-feira (17), valorizou impressionantes 754% em poucos dias, alcançando US$ 53,92 e movimentando cerca de US$ 11 bilhões até a manhã desta segunda-feira.

Já a memecoin MELANIA, lançada no domingo (19), atraiu US$ 2,1 bilhões em volume de negociações, registrando uma alta de 50% e sendo negociada a US$ 10,48.

Esses lançamentos foram organizados pela CIC Digital LLC, uma afiliada da Trump Organization.

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A empresa revelou que 80% do fornecimento dos tokens será desbloqueado nos próximos três anos, com um total de 1 bilhão de unidades previstas até 2027.

Apesar de críticas éticas, como a de Adav Noti, diretor do Campaign Legal Center, que descreveu os tokens como uma forma de capitalizar politicamente, as criptomoedas já estão disponíveis em diversas exchanges, e investidores mostram otimismo.

“Isso reforça a ideia de que os EUA apoiarão os ativos digitais, o que representa uma oportunidade significativa”, comentou Jonathan Yark, trader sênior da Acheron Trading.

Altcoins também surfam na onda de valorização

Não foi apenas o Bitcoin e as memecoins da família Trump que se destacaram. O mercado como um todo vive um momento de alta. Solana (SOL), blockchain onde os tokens TRUMP e MELANIA foram lançados, renovou sua máxima histórica, chegando a US$ 293.

Já o Ethereum (ETH) subiu 5,38% nas últimas horas, sendo negociado a US$ 3.342, enquanto o XRP (XRP) registrou valorização de 6,37%, chegando a US$ 3,31.

A Dogecoin (DOGE), principal memecoin do mercado, também seguiu a tendência de alta, valorizando 2,33% e alcançando US$ 0,37.

Discurso de Donald Trump

Após renovar seu recorde histórico na manhã desta segunda-feira (20), alcançando o valor de US$ 109.699, o ativo sofreu uma reviravolta e encerrou o dia em queda de 2%, cotado a US$ 103.578.

O movimento de queda coincidiu com o discurso de posse de Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos.

Os investidores aguardavam uma fala direta de Trump sobre o setor de criptomoedas, mas ao contrário disso, as declarações de Trump foram recheadas de promessas de mudanças econômicas e geopolíticas.

Em sua fala, Trump apresentou uma visão contundente de sua administração, com propostas que incluem a militarização da fronteira com o México, o combate intensificado aos cartéis de drogas e a imposição de tarifas sobre países estrangeiros.