BB (BBAS3) diz que está se “adaptando” e apresenta plano para virar o jogo; entenda
Entre os dados revelados, o Banco do Brasil informou ter R$ 12 bilhões em empréstimos renegociados, dentro do escopo da MP 1.314.
A crise política que se instalou entre o Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quase respinga no Banco do Brasil (BBAS3).
Notícias publicadas nos últimos dias indicam que o governo estaria disposto a negociar alguns cargos públicos, como a presidência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para tentar melhorar o clima.
Contudo, o cargo que estaria na mira de Alcolumbre, segundo o colunista Lauro Jardim do jornal "O Globo", seria a presidência do Banco do Brasil, que está nas mãos de Tarciana Medeiros desde 2023.
O presidente do Senado negou essa hipótese e redobrou as críticas ao Planalto em uma nota publicada no domingo (30).
🗣️ "É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão, perante a sociedade, de que divergências entre os Poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico, com cargos e emendas", afirmou, classificando esse movimento como "ofensivo"
"Em verdade, trata-se de um método antigo de desqualificar quem diverge de uma ideia ou de um interesse de ocasião", acrescentou.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, logo reagiu, dizendo que o governo tem "o mais alto respeito e reconhecimento" por Alcolumbre.
"Jamais consideraríamos rebaixar a relação institucional com o presidente do Senado a qualquer espécie de fisiologismo ou negociações de cargos e emendas", afirmou.
Gleisi também classificou as "insinuações" sobre a troca de cargos como "ofensivas à verdade, a ambas as instituições e a seus dirigentes".
⚖️ Alcolumbre cortou as relações com o Palácio do Planalto após a indicação de Jorge Messias para o STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente do Senado apoiava o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso na Suprema Corte. Por isso, não gostou do fato de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Messias sem avisá-lo com antecedência.
Alcolumbre ainda reclama que a mensagem oficial da indicação ainda não chegou ao Senado, que deve sabatinar e aprovar os ministros do STF. Ainda assim, marcou a sabatina de Messias para 10 de dezembro.
Pelos cálculos dos senadores, Messias corre o risco de não ser aprovado para a vaga no STF, algo que não ocorre desde o final do século 19.
Alcolumbre disse no domingo (30) que, se é certa a prerrogativa do Presidente da República de indicar ministro ao STF, também é a prerrogativa do Senado de "escolher, aprovando ou rejeitando o nome".
"E é fundamental que, nesse processo, os Poderes se respeitem e que cada um cumpra seu papel de acordo com as normas constitucionais e regimentais", emendou.
Ele diz ainda que a data fixada para a sabatina de Messias "guarda coerência com a quase totalidade das indicações anteriores e permite que a definição ocorra ainda em 2025, evitando a protelação que, em outros momentos, foi tão criticada".
💲 Diante do mal estar, Alcolumbre ainda colocou em votação e conseguiu a aprovação de uma "pauta-bomba" para o governo na semana passada.
O Senado aprovou na terça-feira (25) o projeto de lei que garante aposentadoria diferenciada para os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate a endemias de todo o país.
O projeto deve elevar os gastos públicas justamente em meio ao esforço do governo federal para cumprir a meta fiscal, que prevê déficit zero em 2025 e a volta do superávit primário em 2026.
Diante disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou fazer um aceno aos presidentes do Senado e da Câmara -Alcolumbre e Hugo Motta (Republicanos-PB).
Haddad lembrou que a ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda) não seria possível sem o empenho de Motta e Alcolumbre na tramitação do projeto. Além disso, afirmou que o Brasil precisa muito deles, para "concluir exitosamente esse ano".
A declaração ocorreu na cerimônia de sanção da lei sobre o IR, que foi marcada pela ausência dos parlamentares.
Entre os dados revelados, o Banco do Brasil informou ter R$ 12 bilhões em empréstimos renegociados, dentro do escopo da MP 1.314.
O BB Ventures vai crescer, mirando também soluções de bioeconomia, ASG e DEI.