Banco do Brasil (BBAS3) pagará R$ 2,25 bilhões em proventos

Provento foi anunciado depois de o banco reportar lucro de R$ 8,8 bilhões no terceiro trimestre

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Publicado em 08/11/2023 às 19:56h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 08/11/2023 às 19:56h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Sede do Banco do Brasil, em Brasília

O Banco do Brasil (BBAS3) vai pagar R$ 2,25 bilhões em dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio). O provento foi anunciado depois de a empresa registrar um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões no terceiro trimestre de 2023, 4,5% maior que o do mesmo período de 2022.

Segundo comunicado nesta quarta-feira (8), os proventos aprovados pela instituição compreendem a distribuição de R$ 1,95 bilhão em JCP e mais R$ 291 milhões em dividendos. É o equivalente a R$ 0,68622202551 e a R$ 0,10198860740 por ação, respectivamente.

Ambos os proventos serão pagos em 30 de novembro para os acionistas registrados em 21 de novembro. Por isso, as ações do banco serão negociadas na condição de ex-proventos a partir de 22 de novembro.

Lucro do BB sobe 4,5%

Em balanço publicado nesta quarta-feira (8), o Banco do Brasil disse que o resultado de R$ 8,8 bilhões do terceiro trimestre foi favorecido por três fatores principais: margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e controle das despesas administrativas. Por outro lado, o aumento das provisões pesou no balanço.

No terceiro trimestre, o Banco do Brasil registrou uma margem financeira de R$ 23,7 bilhões. O dado subiu 3,5% na comparação anual, influenciada pelo crescimento da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários da instituição.

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A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários e garantias prestadas, subiu 10% no ano, atingindo R$ 1,07 trilhão em setembro. Desse total, R$ 946 bilhões são da carteira de crédito restrita.

Já as receitas de prestação de serviços subiram 1,7%, alcançando R$ 8,7 bilhões. O dado foi puxado pelas linhas de seguros, previdência e capitalização (+10,6%); administração de fundos (+5,7%); e consórcios (+8,6%).

Despesas também crescem

O Banco do Brasil, no entanto, ampliou em 4,7% as despesas com provisões. Somada a valores recuperados de perdas, descontos concedidos e perdas por imparidade, essa cifra totalizou R$ 7,5 bilhões.

No balanço, a instituição disse ter feito um provisionamento adicional de operações, com impacto de R$ 507,4 milhões, por causa de "empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023".

Apesar de não ter sido dito de forma explícita, a provisão parece ser referente à Lojas Americanas (AMER3), que entrou com um pedido de recuperação judicial em janeiro e ainda não chegou a um acordo com os credores.

Além disso, o BB ampliou as despesas administrativas em 1,5%, para R$ 9,2 bilhões. O banco disse, contudo, que o dado reflete "a gestão adequada dos contratos e os investimentos na transformação digital".

Com isso, a instituição registrou um ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido) de 21,3%. O indicador havia marcado 21,9% no mesmo trimestre de 2022.