Criptomoedas saltam sob ameaça de shutdown nos EUA; Bitcoin rompe travas
BTC volta a ficar acima de US$ 111,5 mil, região de preço que limitava perseguir novas altas, segundo BTG Pactual.
O Bitcoin (BTC) é um dos ativos financeiros que mais se valorizaram nos últimos anos. E isso foi ainda mais especial para quem acreditou na criptomoeda desde o seu início, quando cada unidade custava centavos.
É o caso de um megainvestidor, que tinha 400 bitcoins na carteira e mexeu nos ativos no último domingo, pela primeira vez em mais de 12 anos. Segundo dados da Akham Intelligence, ele lucrou cerca de 16.000% neste intervalo.
A conta é simples, quando o usuário comprou os bitcoins, em novembro de 2013, cada unidade valia US$ 720. Passada mais de uma década, essa quantia subiu para US$ 112 mil por ativo.
Neste caso, o saldo da carteira pulou de US$ 288 mil para US$ 44 milhões, equivalente a mais de R$ 233 milhões na cotação atual. Nesta terça-feira (30), o Bitcoin é negociado por volta de R$ 602 mil, de acordo com os monitores de criptomoedas.
Como é de praxe, ninguém sabe quem é o investidor em questão, já que, embora as carteiras sejam públicas, a identificação de cada usuário permanece privada. Neste ano, diversos investidores -também chamados de baleias- resolveram aparecer e movimentar suas carteiras, mostrando que seus investimentos foram certeiros.
Leia mais: Criptomoedas saltam sob ameaça de shutdown nos EUA; Bitcoin rompe travas
A gestora de investimentos BlackRock informou recentemente que a criação de fundos de índices baseados em criptomoedas foram responsáveis por atrair investidores inéditos. Com grandes bancos e empresas apontando para uma estratégia baseada em ativos digitais, esses investidores passaram a acreditar mais neste segmento.
Em entrevista ao Portal do Bitcoin, Cristiano Castro, diretor de Wealth da BlackRock Brasil, destacou que 70% dos investidores que compraram cotas de ETFs cripto nunca tinham apostado neste ativo anteriormente.
“De cada dez pessoas que compraram cotas do ETF, sete nunca tinham tido contato com um produto da BlackRock”, contou. “Isso mostra o poder de atração que as criptomoedas têm, inclusive em públicos que nunca tinham olhado para os nossos produtos, mas viram no ETF uma porta de entrada para o universo cripto”, continuou.
Segundo ele, essa mudança de comportamento também está ligada à maneira como os tokens financeiros são vistos. Antes de entrarem no portfólio das gestoras, muitos acreditavam que o Bitcoin e seus pares estavam conectados a investimentos ilícitos.
“O Bitcoin era associado à lavagem de dinheiro ou a histórias de enriquecimento rápido. Era algo que não parecia ter conexão com o mercado financeiro”, destaca. “Quando você tem instituições desse porte, que administram recursos de terceiros, a responsabilidade é maior. Isso eleva também a credibilidade do ativo como um todo”, finaliza.
BTC volta a ficar acima de US$ 111,5 mil, região de preço que limitava perseguir novas altas, segundo BTG Pactual.
Ministro da Fazenda participa de podcast durante o final de semana e esclarece a função da moeda digital brasileira.