B3 recebe novo ETF híbrido com títulos dos EUA e ações do S&P 500

Ideia é que investidores recebam acima da taxa de juros norte-americana

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Publicado em 09/06/2025 às 15:50h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 09/06/2025 às 15:50h Atualizado 2 dias atrás por Wesley Santana
Dolar é a moeda oficial dos EUA (Imagem: Shutterstock)

Nesta terça-feira (10), a bolsa de valores brasileira recebe um novo fundo de índice (ETF) que replica o mercado norte-americano. O Buena Vista NEOS chega para oferecer aos investidores um produto atrelado aos títulos de Tesouro dos Estados Unidos.

💵 Sob o ticker FIXX11, o ticker combina os títulos públicos com alguns produtos de renda variável, na tentativa de entregar uma variação ainda mais atrativa aos consumidores. Ele é composto, portanto, de títulos públicos e derivativos do índice S&P 500.

O produto é administrado pela gestora Buena Vista Capital, que já oferece outros produtos atrelados ao mercado dos EUA no Brasil. Ela é dona, por exemplo, do Real Estate High Income (CASA11) que ficou conhecido como primeiro ETF de REITs, os fundos imobiliários dos EUA.

"Por investir nos derivativos, o ETF é um pouco mais arriscado do que os papéis do Tesouro. Mas o fundo deve render menos apenas quando o indicador S&P 500 subir ou cair demais dentro de uma semana", diz Renato Nobile, gestor e analista da Buena Vista Capital, em entrevista ao Valor.

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A ideia é que o ETF entregue uma remuneração acima da atual taxa básica de juros dos EUA, fixado entre 4,5% e 4,75% ao ano. No entanto, o rendimento pode variar conforme o movimento do S&P 500.

O ETF também segue o desempenho do índice NEOS Enhanced Income 1-3 Month T-Bill, negociado na bolsa norte-americana. A gestora deve cobrar um percentual de 0,38% ao ano como taxas totais, sendo que há incidência de Imposto de Renda na casa de 15% sobre o ganho de capital.

Primeiro ETF híbrido

📈 Outra novidade lançada recentemente na B3 foi a listagem do primeiro ETF híbrido do país, composto por 80% de renda fixa e 20% de renda variável. O It Now S&P (GOAT11) segue o desempenho de títulos públicos do Tesouro brasileiro atrelados ao IPCA e de ações do S&P 500, dos EUA.

O ativo é gerido pelo Itaú Asset que cobra uma taxa de administração de 0,5% ao ano. Disponível para todos os investidores da bolsa, o valor mínimo para aplicações é de R$ 50.

“Pensando em buscar conveniência e eficiência para o investidor, fomos atrás da inovação. Você não precisa mais escolher entre a proteção da inflação ou o benefício da diversificação internacional”, disse Renato Eid, head de Estratégias Beta & Investimento Responsável na Itaú Asset.