B3 (B3SA3) põe fim em cobrança semestral de taxa do Tesouro Direto; entenda

A mudança, anunciada pela B3, altera a periodicidade e simplifica o processo de pagamento, equiparando-o à lógica do IR.

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Publicado em 22/11/2024 às 09:03h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 22/11/2024 às 09:03h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Rodrigues
Com isso, os investidores não precisarão mais manter saldo disponível semestralmente (Imagem: Shutterstock)

🚨 A partir de 31 de dezembro de 2024, a cobrança semestral da taxa de custódia do Tesouro Direto será extinta, marcando uma transformação na forma como os investidores lidam com essa tarifa.

A mudança, anunciada pela B3, altera a periodicidade e simplifica o processo de pagamento, equiparando-o à lógica do Imposto de Renda.

Como funciona o novo modelo de cobrança?

Em vez de realizar a cobrança nos primeiros dias úteis de janeiro e julho, como ocorre atualmente, a taxa será debitada no momento da venda antecipada, no vencimento do título ou no pagamento de juros – o que ocorrer primeiro.

Com isso, os investidores não precisarão mais manter saldo disponível semestralmente, evitando resgates antecipados e otimizando a gestão de seus recursos.

A taxa permanece inalterada em 0,2% ao ano, aplicada proporcionalmente ao período de investimento.

Além disso, a medida é válida para todos os títulos negociados na plataforma, como o Tesouro Selic, Tesouro Educa+ e Tesouro Renda+.

Vantagens da mudança

A B3 explica que a reformulação busca descomplicar o processo tanto para os investidores quanto para os agentes de custódia, que antes precisavam garantir saldo em momentos específicos do ano.

O novo modelo alinha a cobrança com eventos naturais do ciclo do investimento, como resgates e pagamentos de rendimentos.

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Essa alteração também reduz o risco de inadimplência da taxa, já que os débitos serão automaticamente realizados em momentos de fluxo financeiro.

A novidade, segundo especialistas, torna o investimento no Tesouro Direto ainda mais acessível, sobretudo para iniciantes, ao eliminar a preocupação com a administração de saldos semestrais.

Casos especiais de isenção

Alguns regimes de isenção serão mantidos, garantindo benefícios adicionais para determinados perfis de investidores:

  • Tesouro Selic: Isenção para investimentos de até R$ 10 mil por CPF.
  • Tesouro Educa+ e Renda+: Isenção para quem manter os títulos até o vencimento e para recebimentos de até quatro ou seis salários-mínimos, conforme o título.
  • Cobrança limitada apenas a resgates antecipados ou fluxos mensais recebidos, incentivando o foco na estratégia de longo prazo.

Impactos no mercado

Com a eliminação da cobrança semestral, a B3 busca tornar o Tesouro Direto mais competitivo e amigável, especialmente frente a outras opções de renda fixa disponíveis no mercado.

A medida deve atrair novos investidores e reduzir barreiras para quem está começando a investir, além de fortalecer o apelo de títulos voltados para educação e previdência, como o Tesouro Educa+ e Renda+.

O que esperar para 2025?

💲 A mudança já está programada para ocorrer antes do próximo ciclo de cobrança, evitando que os investidores tenham que desembolsar a taxa em janeiro de 2025.

A transição para o novo modelo reflete o esforço da B3 em modernizar processos e adaptar-se às necessidades do mercado financeiro e dos pequenos investidores.

Com a simplificação da cobrança, o Tesouro Direto reforça sua posição como uma das ferramentas mais democráticas e acessíveis para o investimento em renda fixa no Brasil, continuando a ser uma porta de entrada para milhares de brasileiros no mundo dos investimentos.