Automob (AMOB3) estreia na B3 por R$ 0,20 e sobe 130% no pregão

Concessionária de automóveis, nova companhia chega com receita de R$ 12 bilhões

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Publicado em 16/12/2024 às 13:13h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 16/12/2024 às 13:13h Atualizado 14 horas atrás por Wesley Santana
(Imagem: Divulgação/Automob)

A bolsa de valores brasileira recebeu, nesta segunda-feira (16), uma nova empresa, com um valor bem abaixo do padrão. A Automob (AMOB3) iniciou seu primeiro pregão oficial cotada em apenas R$ 0,20.

🚘 Nas primeiras horas de negociação, a empresa conseguiu atingir uma valorização superior a 130%, conforme dados da B3. Às 12h, os papeis podiam ser comprados por R$ 0,40, mas o pico da cotação foi às 11h, quando o ticker atingiu a casa de R$ 0,50.

A Automob é uma concessionária de veículos vinculada ao grupo Simpar. A holding decidiu desmembrar essa operação e oferecer ao mercado uma listagem independente, focado neste segmento de mercado.

Embora novata na bolsa, a empresa foi criada já há algumas décadas, mas ganhou capilaridade com a compra feita pela Simpar. Até o último relatório trimestral apresentado, a empresa acumulou uma receita de R$ 9,3 bilhões em 2024.

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O novo ticker acumula também a divisão de automóveis pesados da Vamos, que teve uma receita de R$ 2,7 bi no mesmo período. Por isso, o cálculo é que a companhia chega aos investidores com uma receita líquida total de R$ 12 bilhões.

Desta forma, a Simpar agora mantém quatro subsidiárias na B3: Vamos (VAMO3), JSL (JSLG3), Movida (MOVI3), além da estreante. As ações da companhia-mãe também são negociadas na B3, o que dá, no total, cinco opções ao mercado.

Foco em seminovos

🗣 Em entrevista ao InfoMoney, o CEO da Automob, Antonio Barreto, disse que o planejamento estratégico da companhia está focado em desenvolver o segmento de seminovos. Os planos incluem as duas marcas próprias da companhia: SeuCarro.com, para automóveis, e Mundo dos Caminhões, para veículos pesados.

Segundo ele, a estratégia é que, a cada um veículo novo vendido, dois usados saiam das concessionárias. Além disso, a empresa espera fornecer os chamados produtos agregados, que são blindagem, seguros e consórcios.

“A gente já tem uma blindadora dentro do grupo e trabalhado para expandir esse negócio. […] Consórcios e seguros também são peças fundamentais que vamos desenvolver para aumentar a rentabilidade do negócio”, afirmou.

Apesar de um futuro promissor, o executivo revela que o atual cenário econômico representa um desafio para a companhia, sobretudo por causa dos juros altos. Ele diz que a Selic no atual patamar impacta diretamente a oferta de crédito, que seria o ponto mais delicado para a empresa.

Apesar disso, ressaltou à reportagem: não há um excesso de oferta para trazer muitos riscos à operação. O ponto de atenção é mesmo o apetite dos bancos, que, por enquanto, a gente ainda não viu arrefecer”.

Barreto foi indicado ao cargo de CEO da Automob em abril, quando deixou a vice-presidência executiva de Planejamento e Gestão da Simpar depois de um ano. Ele também ocupa cadeiras nos conselhos de administração de outras empresas do grupo.