Após Campos Neto, Nubank (ROXO34) recruta outro ex-diretor do Banco Central

Otávio Damaso atuará como consultor para assuntos regulatórios e de risco, depois de cumprir quarentena.

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Publicado em 04/07/2025 às 13:56h - Atualizado 4 minutos atrás Publicado em 04/07/2025 às 13:56h Atualizado 4 minutos atrás por Wesley Santana
Além do BC, Otavio já passou pela Fazenda e até foi conselheiro da Caixa (Imagem: Divulgação/BC)

O Nubank (ROXO34) recorreu ao quadro de ex-funcionários do Banco Central mais uma vez. Agora, o banco digital anunciou a contratação do ex-diretor de regulação, Otávio Ribeiro Damaso, para atuar como consultor para assuntos regulatórios e de gestão de riscos.

Por meio de nota, a instituição destacou a experiência profissional de Damaso e afirmou que ele ocupará um cargo no comitê. A contratação dele acontece de forma imediata.

“Após completar um período de quarentena de seis meses, conforme determinação do Banco Central, Damaso atuará como observador permanente do Comitê de Auditoria e Risco da Nu Holdings Ltd. e do Comitê de Risco da Nu Brasil. Ele também aconselhará o grupo Nu como consultor em qualquer questão relacionada a ambientes de negócios ou de risco”, diz o comunicado.

Formado em Economia pela Universidade de Brasília, além de ex-diretor do BC, o profissional também foi secretário adjunto de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda, nos primeiros dois governos do presidente Lula. Ele ainda presidiu o Conselho de Administração de bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Estado do Ceará.

Esse é o segundo nome que passou pelo BC recrutado pelo Nubank para o seu quadro de funcionários. Anteriormente, o banco já havia anunciado o nome de Roberto Campos Neto, ex-presidente da autarquia, como vice-chairman e chefe global de Políticas Públicas.

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“Reportando-se diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, o executivo apoiará o programa de expansão internacional do Nu e o relacionamento com reguladores financeiros globais, representar a Nu Holdings em fóruns e conselhos internacionais, além de elevar a análise econômica e de risco para as operações do Nu no Brasil e na América Latina, contribuindo para desenhar a estratégia de negócios de longo prazo do Nu”, diz o texto.

Para atuar em instituições financeiras, executivos que deixam o BC devem passar por uma quarentena de seis meses. Campos Neto deixou o cargo no começo deste ano, depois que terminou seu mandato de quatro anos à frente do BC.

A nomeação de Neto foi recebida com estranheza pelo mercado, pois marcou quase um ineditismo no país. Não era comum que um ex-presidente do BC aceitasse como primeiro desafio cargo em uma empresa privada, mesmo que a lei não vete essa decisão.