Anúncio de calote faz fundo imobiliário despencar 11%; entenda

Rede Selina deixou de pagar títulos e aluguéis

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Publicado em 10/07/2024 às 07:00h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 10/07/2024 às 07:00h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Foto: Shutterstock

O fundo imobiliário Mogno Hotéis (MGHT11) anunciou nesta terça-feira (9) que registrou dois calores que devem comprometer suas receitas. O comunicado foi recebido com surpresa pelos investidores e o ativo se desvalorizou mais de 11% durante o dia.

Segundo a gestora Valora, a rede de Hotéis Selina não fez o pagamento dos Certificados de Recebíveis Imobiliários que venceram no último dia 27 de junho. O fundo aproveitou para comunicar que os ativos com vencimento em 25 de junho também não foram pagos.

As pendências são relativas aos hotéis da rede Selina localizados em Búzios, no Rio de Janeiro, e na Vila Madalena, em São Paulo. Todo o portfólio do FII é composto por títulos de dívidas e por aluguéis da rede hoteleira.

Considerando que os CRIs em questão representam mais da metade do patrimônio líquido do Mogno Hotéis, o impacto será negativo em R$ 0,52 por cota. Nos últimos meses, os dividendos pagos aos cotistas giraram entre R$ 0,33 e R$ 0,52, segundo histórico fundo.

“A gestora tem envidado todos os esforços para solucionar as questões acima indicadas com o intuito de restabelecer a adimplência dos aluguéis e dos CRIs, e tem mantido recentemente uma série de reuniões com os administradores das Devedoras, além da equipe de gestão de sua controladora”, diz a nota.

Neste primeiro momento, o fundo usou seu fundo de reserva para cobrir o débito, portanto, os investidores receberão R$ 0,49 por cota em julho.

Essa não é a primeira vez que a Selina tem problemas relativos aos seus títulos ou aluguéis. No mês passado, a gestora já havia comunicado atrasos no recebimento dos valores e informou que os valores devidos em abril foram pagos em maio.

Selina é uma rede hoteleira fundada no Panamá, mas que hoje atua em diversos países, da América a Europa. No Brasil, há unidades em SP, RJ, MG e PR.