A Americanas (AMER3) confirmou na noite desta terça-feira (21) a realização de uma assembleia geral de credores, para votação do plano de recuperação judicial da companhia, no próximo dia 19 de dezembro. A data foi aprovada pela Justiça do Rio de Janeiro.
"O juízo da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro deferiu o pedido da Companhia de convocação de assembleia geral de credores (AGC) a ser realizada, em primeira convocação, no dia 19 de dezembro de 2023 e, em segunda convocação, no dia 22 de janeiro de 2024, para deliberação sobre o Plano de Recuperação Judicial", informou a Americanas.
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A varejista, que entrou em processo de recuperação judicial em janeiro de 2023 por causa de uma dívida de aproximadamente R$ 42 bilhões, propôs a realização da assembleia nessas datas no último dia 16 de novembro, diante de avanços nas negociações dos credores. Agora que a data foi confirmada pela Justiça, a companhia diz que publicará o edital de convocação da assembleia "oportunamente".
A Americanas passou os últimos dias negociando os termos finais do seu plano de recuperação judicial com seus credores. O objetivo é aprovar o documento ainda em 2023.
Pela proposta das Americanas, os seus acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, devem injetar R$ 12 bilhões na empresa no curto prazo. Como mostrou a Folha de São Paulo, a companhia também estaria prestes a fechar um acordo para que os bancos Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil convertam parte dos seus créditos em R$ 12 bilhões em ações da varejista. O acordo renderia, portanto, uma capitalização de R$ 24 bilhões para a Americanas.
Na tarde desta terça-feira (21), diante dos rumores de que o acordo com os bancos estava prestes a ser fechado, a Americanas disse que os termos finais do plano de recuperação judicial ainda se encontravam em negociação. A companhia falou também que não era "possível precisar se ou quando tais negociações serão concluídas".
Horas depois, contudo, a Americanas recebeu o aval da Justiça para realizar a assembleia de credores em 19 de dezembro, isto é, em menos de um mês. Por isso, a varejista deve correr para fechar o plano de recuperação judicial nas próximas semanas.
A empresa desabou 20% após o Conselho de Administração aprovar o pedido de recuperação judicial.
Agora, com as novas condições, a empresa só precisará arcar com R$ 500 milhões durante o mesmo período.
