Amazon prepara o maior programa de demissões desde 2022, diz agência
As demissões devem atingir setores estratégicos, como logística, sistemas de pagamento e a divisão de computação em nuvem.
A Amazon (AMZO34) confirmou nesta terça-feira (28) uma nova demissão em massa, que afetou funcionários de diversas áreas da companhia.
✂️ Entre cortes e algumas recolocações, a companhia fechou 14 mil vagas de trabalho. A "Reuters" diz, contudo, que os cortes podem chegar a 30 mil.
As demissões representam uma tentativa de reduzir os custos e adaptar a estrutura da empresa para o avanço da IA (Inteligência Artificial).
Afinal, a Amazon contratou milhares de funcionários na pandemia de covid-19, na esteira do aumento do consumo online. Mas, agora, pretende focar no avanço da IA.
Em uma carta enviada aos funcionários, a vice-presidente sênior de Experiência de Pessoas e Tecnologia da Amazon, Beth Galetti, disse que "esta geração de IA é a tecnologia mais transformadora que já vimos desde a internet e está permitindo que as empresas inovem mais rápido do que nunca (em segmentos de mercado existentes e em novos)".
🗣️ Ela afirmou, então, que a big tech estava convencida de que era preciso se "organizar de forma mais enxuta, com menos camadas e mais responsabilidade, para avançar o mais rápido possível para nossos clientes e negócios".
"As reduções que estamos compartilhando hoje são uma continuação desse trabalho para nos fortalecermos ainda mais, reduzindo ainda mais a burocracia, removendo camadas e transferindo recursos para garantir que estamos investindo em nossas maiores apostas e no que mais importa para as necessidades atuais e futuras dos nossos clientes", afirmou a executiva, referindo-se ao plano anunciado no final do ano passado de operar como "a maior startup do mundo".
Segundo a Amazon, essa mudança organizacional implica em demissões, mas também algumas contratações.
🔎 A companhia prometeu, então, priorizar candidatos internos nas próximas seleções e apoiar os funcionários demitidos que não conseguirem se recolocar na empresa.
"Para nossos colegas de equipe que não conseguirem encontrar uma nova vaga na Amazon ou que optarem por não procurar uma, ofereceremos suporte para a transição, incluindo indenização por rescisão contratual, serviços de recolocação, benefícios de plano de saúde e muito mais", afirmou Beth Galetti.
Ela adiantou, contudo, que os ajustes devem continuar em 2026: "Esperamos continuar contratando em áreas estratégicas importantes e, ao mesmo tempo, encontrar lugares adicionais onde possamos remover camadas, aumentar a propriedade e obter ganhos de eficiência".
A Amazon divulga os resultados do terceiro trimestre na próxima quinta-feira (30), mas bateu as expectativas do mercado no trimestre anterior.
📈 O lucro da big tech subiu mais de 30% no segundo trimestre, chegando a US$ 1,68 por ação. Isto é, US$ 0,35 a mais do que o esperado pelo mercado, que projetava um lucro de US$ 1,33 por ação.
Na carta enviada aos funcionários nesta terça-feira (28), a vice-presidente da Amazon reconheceu que as demissões poderiam parecer estranhas diante dos resultados da companhia.
Ela disse, contudo, que é preciso entender que "o mundo está mudando rapidamente" devido à IA. E falou da "importância de ter a estrutura certa para impulsionar esse nível de velocidade e propriedade, e a necessidade de estarmos preparados para inventar, colaborar, estar conectados e entregar o melhor para os clientes".
As demissões devem atingir setores estratégicos, como logística, sistemas de pagamento e a divisão de computação em nuvem.
Falha na nuvem da AWS afetou mais de 500 empresas no mundo inteiro.