O Alibaba (BABA34) divulgou, nesta terça-feira (28), uma atualização no seu modelo de inteligência artificial generativa. A empresa chinesa afirma que a ferramenta apelidada de Qwen 2.5-Max supera o rival ChatGPT e o novato DeepSeek, também oriundo da China.
🤖 A novidade chega no primeiro dia do ano novo lunar chinês, uma data importante no país asiático. O modelo pode acirrar ainda mais a disputa pela liderança no setor de inteligência artificial, antes muito restrita aos players norte-americanos.
Em comunicado publicado no WeChat, a empresa destacou que a tecnologia “alcança desempenho competitivo em relação aos modelos de primeira linha”. A atualização já está disponível para os usuários que usam os serviços da Alibaba Cloud, divisão de nuvem da gigante do e-commerce.
"O Qwen2.5-VL demonstra capacidades multimodais notáveis, destacando-se na compreensão visual avançada de textos, gráficos, diagramas, gráficos e layouts dentro de imagens. Ele também pode entender vídeos com mais de uma hora e responder a perguntas relacionadas a vídeos, ao mesmo tempo em que identifica com precisão segmentos específicos até o segundo exato”, diz comunicado da empresa.
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"Além disso, o modelo pode gerar saídas estruturadas, como no formato JSON, transformando dados não estruturados de digitalizações de faturas, formulários ou tabelas em informações organizadas, o que é particularmente útil para automatizar o processamento de relatórios financeiros ou documentos legais”, completa.
Parte das big techs já sentiram os impactos do anúncio da companhia chinesa. As ações da Nvidia, que já vinham sofrendo desde o anúncio da DeepSeek abriram o pregão com baixa. Por volta das 12h, os papéis eram negociados por US$ 126 em Nasdaq, com um recuo superior a 2%.
Esse movimento está ligado aos baixos custos que as empresas chinesas estão afirmando ter para lançar seus chatbots. No caso da DeepSeek, a empresa declara ter gasto apenas US$ 6 milhões para treinar a plataforma.
Em entrevista recente, o fundador da startup pontuou que não se importava com a guerra de preços que poderia causar no setor. Seu objetivo, disse, é alcançar a AGI (Inteligência Geral Artificial), uma versão de robô que supera a inteligência humana.
Atualmente, a empresa opera apenas com um único centro de pesquisa, onde trabalham profissionais recém-graduados e pesquisadores científicos. “Grandes modelos fundamentais exigem inovação contínua, as capacidades dos gigantes da tecnologia tem seus limites”, frisou.
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