Na manhã desta sexta-feira (22), o parlamento da Alemanha aprovou a descriminalização parcial da cannabis.
O texto votado pelos congressistas, que tem força a partir de 1 de abril, permite que pessoas com mais de 18 anos possuam até 25 gramas de cannabis em público e mantenham até 50 gramas em casa. Os deputados também votaram pelo cultivo residencial da planta.
Com a decisão, no outro lado do mundo, diversas empresas de cannabis viram suas ações saltarem durante o dia. Nos Estados Unidos, a Aurora Cannabis (ACB), por exemplo, viu uma aceleração de 23% durante o pregão, enquanto a Tilray (TLRY) pavimentou um crescimento de 18% no dia e 33% na semana.
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Segundo o índice Marijuana, da rede de TV Business News Network, entre as companhias norte-americanas deste setor listadas na bolsa de valores, apenas uma não ficou com índice positivo nesta sexta. O fato, portanto, contribuiu para que a bolsa Nasdaq renovasse o seu recorde histórico.
Apelidada de Lei da Cannabis, o projeto foi apresentado pelo escritório do chanceler alemão Olaf Scholz no fim de 2022. Desde então, tramitou pelo congresso até ser aprovado pelo órgão constitucional.
A Alemanha passa a ser, portanto, o terceiro país da União Europeia a legalizar o cultivo pessoal da planta, ao lado de Malta e Luxemburgo. A comercialização do produto, no entanto, segue proibida no país, de acordo com o documento divulgado pela Casa Legislativa.
Atualmente, a cannabis é considerada uma droga nos Estados Unidos em nível federal, mas os estados podem tomar algumas decisões individuais sobre o produto.
Estima-se que 38 dos 50 estados já tenham alguma legislação que flexibiliza o uso ou porte da maconha.
Nesta semana, a vice-presidente Kamala Harris fez críticas ao atual status da cannabis, classificando como “absurda”, já que ela está no mesmo grupo de drogas com maior potencial de adicção. "Ninguém deveria ter que ir para a cadeia por fumar maconha", disse Harris, em evento na Casa Branca.
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