AES (AESB3) se pronuncia sobre possível saída do Brasil, confira

Companhia disse que busca formas de financiar crescimento, mas ainda não se decidiu sobre o assunto

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Publicado em 30/01/2024 às 20:57h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 30/01/2024 às 20:57h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Energia eólica (Shutterstock)

A AES Brasil (AESB3) manifestou-se nesta terça-feira (30) sobre a possibilidade de saída do Brasil. Em comunicado ao mercado, a companhia disse que busca alternativas para financiar seu crescimento, mas ressaltou que ainda não há decisão sobre o assunto. 

🗣️ No comunicado, a AES Brasil diz que sua controladora, a AES Corp, "avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e reforçar sua estrutura de capital, não havendo qualquer conclusão a este respeito até este momento".

A AES, portanto, não confirmou, mas também não negou a possibilidade de saída do Brasil, levantada pelo colunista Lauro Jardim do jornal "O Globo" no domingo (28).

Busca faz quase 1 ano

Segundo a companhia, este posicionamento está de acordo com o que foi comunicado ao mercado em 8 de maio de 2023. À época, a AES Brasil disse que avaliava "alternativas de financiamento da sua estratégia de crescimento", mas ainda não havia definido "qualquer alternativa para tanto".

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Em maio de 2023, no entanto, a AES Brasil também havia ressaltado que, "diante da crescente demanda por energia de fontes renováveis e o grande potencial do Brasil para projetos eólicos e solares, a AES Brasil e seu acionista controlador seguem com seu plano de crescimento consistente e acelerado no país". 

O "plano de crescimento consistente e acelerado no país" não foi mencionado no comunicado desta terça-feira (30). 

AES Brasil tem empreendimentos em construção

💡 Controlada pela americana AES Corp, a AES Brasil atua há quase 25 anos no país no mercado de energia renovável. A companhia detém 5,2 GW de capacidade instalada, sendo 4,5 GW em operação e mais 700 MW em construção, segundo informações do site da companhia.

Veja os empreendimentos que estão em construção:

  • Complexo de energia eólica Tucano, na Bahia. A entrada em operação total estava prevista para o segundo semestre de 2023;
  • Complexo de energia eólica Cajuína 2, no Rio Grande do Norte, com entrada em operação prevista para o primeiro semestre de 2024.
  • Parque de energia solar AGV VII, em São Paulo, com entrada em operação prevista para o terceiro trimestre de 2024.

A capacidade instalada da companhia no Brasil quase dobrou nos últimos oito anos. É que, em 2016, essa capacidade era de 2,7 GW, totalmente proveniente de fontes de energia hidrelétrica.