MRV (MRVE3) faz R$ 10 bilhões em vendas recordes em 2024; veja prévia
Só o negócio de incorporação teria gerado uma caixa de R$ 266 milhões durante o último trimestre de 2024
🚨 A MRV&Co (MRVE3) apresentou na última segunda-feira (13), a prévia operacional do quarto trimestre de 2024, que foi recebida de forma positiva pelo mercado, refletindo em uma alta expressiva de 5,01% nas ações nesta terça-feira (14), cotadas a R$ 5,45 às 10h20.
A melhora em lançamentos, vendas e geração de caixa operativa chamou atenção dos investidores, mas desafios permanecem.
Os números divulgados destacam um desempenho robusto, com geração de caixa nas operações brasileiras alcançando R$ 422 milhões, superando em R$ 22 milhões a meta estabelecida pela companhia para 2024.
Segundo o Bradesco BBI, o montante foi impulsionado por R$ 2,2 bilhões de recebíveis de vendas no ano. Além disso, a empresa atingiu a marca de R$ 10 bilhões em lançamentos e vendas no período.
O Itaú BBA também ressaltou a solidez das margens em novos negócios, mesmo diante da aceleração do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Já na operação nos Estados Unidos, liderada pela Resia, a MRV registrou um fluxo de caixa positivo, suportado por vendas de ativos previamente anunciadas.
Apesar do otimismo em relação aos resultados, analistas do BTG Pactual (BPAC11) apontaram uma fraqueza na geração de caixa operacional, dependente de vendas de recebíveis em volume superior ao previsto.
A deterioração do cenário macroeconômico, com juros elevados, continua a representar um obstáculo para o setor e para a MRV&Co.
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O Goldman Sachs reforçou que, embora o trimestre tenha mostrado sinais de recuperação, o elevado nível de endividamento permanece uma preocupação significativa.
A geração de caixa ajustada por swaps e recebíveis resultou em uma leve queima de caixa de aproximadamente R$ 7 milhões, segundo o banco americano.
As expectativas para os próximos trimestres estão atreladas à capacidade da MRV de reduzir a complexidade do negócio, com destaque para a cisão da Resia e um foco maior em geração de caixa operacional sustentável.
Quanto às recomendações, o Itaú BBA, Bradesco BBI e BTG Pactual mantêm classificação de compra para MRVE3, com preços-alvo entre R$ 10 e R$ 17.
📊 Já o Goldman Sachs adota uma postura mais cautelosa, reiterando classificação neutra e um preço-alvo de R$ 8.
Só o negócio de incorporação teria gerado uma caixa de R$ 266 milhões durante o último trimestre de 2024
As vendas líquidas apresentaram um crescimento de 18,4% em comparação com o mesmo período de 2023.