Queda da Hapvida (HAPV3) causa perdas milionárias e fundos recuam até 13%
Balanço do 3T25 provoca aversão dos investidores, enquanto controladores vão às compras.
O Goldman Sachs revisou para cima o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) após os resultados do primeiro trimestre de 2025. O novo valor estimado para os próximos 12 meses é de R$ 4,20, indicando um potencial de valorização de quase 50% (48,4%) em relação ao preço de fechamento da última segunda-feira (26). O preço-alvo era de R$ 3,80.
💲 Mesmo com um cenário de crescimento incerto a médio prazo e um avanço de mais de 20% após os resultados do primeiro trimestre de 2025, o Sachs manteve sua recomendação de compra para as ações da ação de saúde listada na B3, destacando que o valuation atual da operadora de saúde ainda é um "ponto de entrada atraente".
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Além disso, o Sachs estima que, nos próximos trimestres, as contingências totais da Hapvida serão de 1,9% da receita líquida, comparado aos 3,3% registrados no 4T24 em base recorrente. O banco prevê um lucro líquido de R$ 1,407 milhão em 2025.
💰 O Goldman também projeta um MRL de caixa de 68,2%, o que representaria uma melhoria de 1 ponto percentual ano a ano. No entanto, o banco prevê que as adições líquidas de beneficiários serão um pouco negativas em 2025, impactadas pelo resultado fraco do 1T25 e pela forte concorrência.
A Hapvida reportou um lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões, representando uma redução de 15,8% na comparação anual. O lucro sem ajuste foi de R$ 54,3 milhões, uma queda de 34,9%. Já o Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 1,003 bilhão, com um crescimento de 0,5% em relação ao ano passado. A margem Ebitda ajustado foi de 13,4%, 0,9 ponto percentual menor.
🤑 Entre janeiro e março, a empresa gerou R$ 7,499 bilhões em receita líquida, um avanço de 7,3% comparado a 2024. Por outro lado, a empresa registrou uma despesa financeira líquida de R$ 311,4 milhões, 21,6% superior ao ano anterior. A dívida líquida, por fim, diminuiu para R$ 4,164 bilhões ao final de março, uma queda de 5,7% em relação a março de 2024, resultando em uma alavancagem de 0,98 vez, ante 1,18 vez.
Balanço do 3T25 provoca aversão dos investidores, enquanto controladores vão às compras.
Apesar da pressão nos resultados, casas de análise mantêm recomendação de compra ou neutra.