Weg (WEGE3) decepciona no 1T25 e tem preço-alvo cortado por Itaú BBA, BofA e BTG
Itaú BBA, BofA, JP Morgan e BTG Pactual atualizaram seus relatórios sobre a companhia, sinalizando um cenário mais desafiador à frente.
A Weg (WEGE3) frustrou o mercado ao apresentar seus últimos resultados trimestrais e ainda pode apresentar "um desempenho financeiro menos promissor no curto prazo".
🏦 A avaliação é do Itaú BBA, cujos analistas se reuniram com o CFO e o gerente de Relações com Investidores da Weg nessa terça-feira (3).
Segundo os analistas, a Weg deve apresentar alguma melhora sequencial nas margens, mas não vai acelerar suas taxas de crescimento no segundo trimestre de 2025. O banco acredita, então, que "não é preciso correr para as ações ainda".
Em relatório, o Itaú BBA explicou que a Weg ainda apresenta uma "ótima história", além de "novas e atraentes oportunidades de crescimento a serem exploradas".
💲 Contudo, lembrou que "as ações da WEG acompanham as inflexões nas expectativas de crescimento, lucratividade e custo de capital próprio" e diz que, por enquanto, não vê uma inflexão positiva em nenhuma dessas tendências.
"A WEG é negociada a 22,5x P/L 2026, o que pode parecer convidativo para alguns (múltiplo histórico em ~27x P/L), mas acreditamos que as ações não possuem catalisadores para uma reclassificação adequada ou revisões para cima com base no consenso", escreveu o Itaú BBA.
Apesar disso, o Itaú BBA manteve a recomendação de compra para as ações da Weg, com um preço-alvo de R$ 65.
Na reunião com o Itaú BBA, a administração da Weg "pareceu confiante de que o 1T25 pode ter marcado o fundo do poço para a geração de EBITDA (foi de 21,6%)".
📊 A companhia acredita, então, que "as margens do ano fiscal devem ficar em torno da média observada nos últimos 2 anos (ou seja, 22%)".
Parte dessa melhora deve vir das sinergias provenientes da aquisição dos negócios de motores elétricos industriais e geradores da Regal Rexnord.
Além disso, a Weg vê uma aceleração na entrada de pedidos de equipamentos eletroeletrônicos industriais no mercado externo.
Para o Itaú BBA, isso sugere que "não houve impacto da guerra comercial nas operações". No entanto, a expectativa da empresa é de que esse movimento só se traduza em receitas mais fortes no terceiro trimestre de 2025.
No mercado interno, a companhia acredita que "novos segmentos de crescimento, como a mobilidade elétrica, estão se expandindo, mas não em um ritmo que sustente taxas de crescimento mais altas".
Já na área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia, a expectativa é de acomodação, tanto em termos de crescimento, quanto de margens.
Itaú BBA, BofA, JP Morgan e BTG Pactual atualizaram seus relatórios sobre a companhia, sinalizando um cenário mais desafiador à frente.
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