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💰 Embora muita gente coloque todos os funcionários públicos na mesma caixa, até entre esses servidores existe desigualdade salarial. Enquanto os ligados à União são os mais bem remunerados, empregados de prefeituras e outros órgãos públicos chegam a receber um salário mínimo por mês.
Mais detalhes sobre essa discrepância salarial foram dadas pelo mestre em economia e doutor em direito Bruno Carazza em seu novo livro: O país dos privilégios. Em três volumes, ele desdobra as peculiaridades do setor público e faz um paralelo com o setor empresarial que tem diferenças ainda maiores, produzindo os chamados ricos e super ricos.
Segundo dados da Receita Federal, a categoria pública que tem acesso a maior média salarial do país é a de titulares de cartório, que registraram cerca de R$ 142 mil por mês em 2022. Naquele ano, essas repartições tiveram uma arrecadação recorde de R$ 25,9 bilhões, conforme informações do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), superando o orçamento de diversos ministérios.
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Outro grupo privilegiado é o composto por juízes, que ganham mais por mês que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Por lei, o salário da Corte, que hoje é de R$ 41,7 mil, deveria ser o teto para a carreira no país.
Já os fiscais da Receita Federal ganham R$ 11 mil mensalmente, mas seus honorários ainda tem bônus por eficiência, que reajusta o valor a partir do desempenho individual de cada um deles.
“A meu ver, isso explica muito do nosso atraso, da nossa desigualdade de renda, porque todos esses privilégios são acessíveis a um grupo restrito da sociedade e que acaba concentrando boa parte da renda. E são benefícios que se perpetuam no tempo", comentou Carazza, em entrevista à BBC News Brasil.
Atualmente, o Brasil possui 10,8 milhões de trabalhadores registrados pelos órgãos de Estado, um número que está na média de outros países com as mesmas dimensões. Apesar disso, quando analisados os números a partir do PIB (Produto Interno Bruto), a nação latina gasta além de nações mais ricas, como Alemanha, Reino Unido e Itália.
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